|
![]() |
Olhando Cuiabá hoje vemos uma cidade que incomoda. Vivendo dentro de um canteiro de obras, ruas esburacadas, crateras, operários trabalhando, outros nem tanto, máquinas pesadas convivendo com a paisagem das ruas, desvios sinuosos, uns remendados outros esburacados, promessas de términos de obras não cumpridas, chuvas que trazem erosões, alagamentos nas obras de trincheiras, elevados e túneis em construção. Esta imagem nos inquieta e traz a tona toda a ansiedade e desespero daqueles que tem seu dia a dia dificultado. Mas como era antes? Vamos voltar em 2009, quando Cuiabá fez 290 anos.
Mato Grosso especulava sobre a possível eleição ao governo do estado de 2010, o prefeito Wilson Santos estava exercendo o segundo ano do seu segundo mandato. No governo do estado estava Blairo Maggi. O portal G1 anunciava a quarta morte por dengue hemorrágica em Cuiabá. Este foi um dos piores anos para a população em termos de epidemia de dengue.
Durantes os meses de janeiro e fevereiro de 2009, uma comissão da FIFA visitou todas as cidades candidatas a sedes dos jogos da Copa de 2014. Ainda vivíamos a expectativa de ser escolhida Era a Cuiabá do Verdão, das ruas e praças bucólicas, uma cidade envelhecida, trânsito caótico no centro e nos entroncamentos das principais avenidas. A saúde... Bem, a saúde era uma guerra, a educação ia bem, mas o transporte muito mal. Mas estávamos em nossa zona de conforto, apesar dos problemas. Então, o que mudou nestes cinco anos?
Estamos cinco anos mais velhos, mais exigentes e bem encrencados! Nossas principais avenidas estão em obra, o trânsito, em consequência do aumento de veículos e das obras, pioraram muito. Na saúde aumentou médicos e leitos, mas os locais de atendimento permanecem basicamente os mesmos. A segurança assusta não só aqui, mas no Brasil todo. A educação municipal vai bem e em processo de melhora. O prefeito é outro, mas estamos novamente discutindo os possíveis candidatos ao governo do estado. E daqui cinco anos, quando Cuiabá completar 300 anos, como estaremos?
Vamos usar a imaginação a partir das obras projetadas para os próximos anos e dos projetos já em andamento: Usando os PAC´s da vida devemos ter concluído todas as trincheiras e o VLT estará circulando. Com o serviço de jardinagem completo a cara da cidade muda e o dito e cantado veículo leve sobre trilhos em funcionamento dará um charme todo especial para a capital mundial do agronegócio.
Soma-se a isso as obras de revitalização do Rio Cuiabá e a praça das águas na represa da Assembleia Legislativa. A revitalização da jardinagem das demais praças e dos centros esportivos da cidade nos elevará a condição de cidade orgulho para quem aqui mora ou vem a passeio. A estética de uma cidade importa muito, pois vem de sua aparência a primeira impressão sobre seus habitantes.
No campo social, o novo pronto socorro deverá estar acabado. Mas a saúde nacional também vai mal. Será que teremos solucionado a questão? Na educação, nenhuma criança fora da escola, meta nacional. A questão das drogas, como estará? O lixo jogado na rua pelos seus habitantes? A forma que dirigimos no trânsito? A prestação de serviços? A violência?
Bem, parte disso já podemos começar a corrigir, né? Muitas destas coisas dependem mais do cidadão do que do poder público.
Ainda não é possível saber como o Brasil estará em 2019. Muito menos quem o comandará, já que em 2016 teremos novas eleições para prefeitos. Os governantes estaduais e federais que forem eleitos agora em 2014 terão terminado os seus mandatos. Mas até lá parabéns Cuiabá em seus 295 anos! E que venha seus 300, pois sonhamos comemorar a data com orgulho e pompa.
*JOÃO EDISOM DE SOUZA é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador de HiperNotícias
Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.