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Artigos Terça-feira, 20 de Maio de 2025, 16:16 - A | A

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Terça-feira, 20 de Maio de 2025, 16h:16 - A | A

LUIZ ANTONIO PEREIRA

Cadeira vaga no Paiaguás em 2026

LUIZ ANTONIO PEREIRA C DE CAMPOS

A disputa eleitoral de 2026 já começou, como foi amplamente divulgado pelos jornais, sites e, principalmente, pelas redes sociais. Até aí, nada de novo. O que pouco se comentou ou foi apenas sussurrado em poucas conversas é que: não há, claramente, um sucessor para o governador Mauro Mendes.

Não há ninguém que tenha declarado de forma clara e firme que deseja disputar o cargo de governador, seja essa pessoa do grupo de Mauro ou da opaca oposição que ele enfrenta no estado.

Desde 1982, quando Júlio Campos foi eleito governador — numa vitória apertada contra Padre Pombo —, o cenário político de Mato Grosso nunca ficou tão aberto quanto agora, sem nomes considerados favoritos para vencer a disputa.

Até então, sempre houve um grande favorito, mesmo que não vencesse, como foi o caso do então senador Antero Paes de Barros, considerado grande favorito e candidato do grupo do governador Dante de Oliveira, que acabou sendo derrotado pelo então pouco conhecido Blairo Maggi, em 2002, numa virada eleitoral espetacular, vencendo no primeiro turno.

Ainda vale lembrar que Mato Grosso até hoje não teve segundo turno nas eleições para governador.

Quais as causas e consequências desse cenário incerto?

Entre as causas, destaca-se o fato de que o governador Mauro Mendes não possui um grupo político consolidado. Ele conta, na verdade, com um núcleo duro de aliados e conselheiros muito seletos — poucos, que se podem contar nos dedos — e, na maioria, um amplo arco de políticos de conveniência que se colocaram ao lado do governo para, inicialmente, colocar as contas públicas e a estrutura administrativa em ordem, para, posteriormente, implementar as políticas públicas planejadas pelo governo.

Graças ao sucesso e à firmeza das ações do governo, não houve espaço para oposição efetiva; quem ousou se opor foi duramente cerceado e, dizem alguns, perseguido.

Emanuel Pinheiro, então prefeito de Cuiabá, é um exemplo dessa fase de prosperidade que o estado vivenciava.

Nem mesmo durante crises globais como pandemia, guerras, crises econômicas no Brasil, crise fiscal e política, o governo de Mauro Mendes mostrou sinais de fraqueza, permanecendo firme e presente. Isso é, sem dúvida, mérito do governador e do núcleo duro que o acompanha desde o início de sua gestão, em 2019.

As consequências dessa situação são claras. A principal delas é a ausência de nomes fortes que simbolizem a firmeza e competência do atual governador. Afinal, o próximo chefe do Executivo será, inevitavelmente, comparado à gestão de Mauro Mendes — e essa comparação, por si só, já representa um grande desafio político.

A falta de nomes relevantes também reflete o cenário político local. Os três senadores do estado — Jaime Campos, Wellington Fagundes e Carlos Fávaro — são considerados representantes da velha política ou possuem forte rejeição interna, mesmo no caso de Fávaro, que é Ministro de Estado.

Os deputados federais, por sua vez, parecem pouco interessados na disputa, pois sabem que terão que trabalhar bastante para se reelegerem.

Entre os deputados estaduais, alguns se destacaram, seja por ajudarem com projetos do governo ou por se oporem de forma barulhenta, como Max Russi, Lúdio Cabral e Janaina Riva.

No Poder Executivo, nenhum secretário conseguiu se destacar acima do chefe, cumprindo sua missão e buscando viabilizar-se para disputar vagas no legislativo estadual ou federal.

O vice-governador Otaviano Pivetta, por sua vez, tem seu papel mais ligado às entregas de infraestrutura e educação, mas pouco aparece junto ao povo nessas áreas. Quem se beneficia mais dessas ações é o próprio Mauro Mendes, e sua influência de votos na campanha eleitoral é limitada, já que quem realizou e entregou esses projetos foi o governador, seus secretários e deputados, e não o vice.

Diante dessa ausência de perspectiva de poder, abre-se uma janela de oportunidade para outsiders. Nomes como Sérgio Ricardo, presidente do TCE; Odílio Balbinotti Filho, empresário do agronegócio; Cidinho Santos, ex-senador e empresário; Mauro Carvalho, ex-secretário da Casa Civil e atual suplente de senador; e Emanuel Pinheiro, ex-prefeito de Cuiabá, podem surgir como alternativas.

Em uma eleição potencialmente confusa, com diversos candidatos de espectros políticos semelhantes, ou mesmo uma polarização entre dois nomes com pouco carisma ou densidade eleitoral, uma surpresa não está descartada. Um candidato de perfil pouco conhecido, mas capaz de captar o sentimento popular no curto período de campanha, pode surpreender e vencer.

Com tantas dúvidas temos uma certeza: Não temos um nome a quem podemos falar que esse vai ganhar a eleição, como tanto vimos nas últimas décadas aqui em Mato Grosso.

Mérito do bom trabalho do governador Mauro Mendes e da falta de iniciativa da oposição.

(*) LUIZ ANTONIO PEREIRA C DE CAMPOS é Consultor de Marketing Político membro do CAMP ( Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político) e Diretor da LAP Comunicação Integrada.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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