Hugo Dias/HiperNotícias |
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Dois dias depois, na abertura da Expo-Zebu, em Uberaba, uma das maiores feiras agropecuárias do país, frequentada por grandes nomes do agronegócio, foi a vez da presidente Dilma ser interrompida em seu discurso por três vezes. Foram vaias bem claras, que demonstravam que a presidente não está com esta bola toda junto aos setores produtivos.
No dia seguinte, com certeza ainda mais temerosa de ser novamente vaiada, cancelou sua participação em uma reunião com empresários de vários setores na Bahia, alegando ter outro compromisso já agendado, para estar presente no encontro nacional do PT, que acabaria por ter seu nome lançado oficialmente como pré-candidata de seu partido e de outros que ainda estão em sua base de apoio.
Apesar do governo Dilma ter gasto mais de R$ 2,3 bilhões em propagaganda e publicidade em 2013 - boa parte matéria paga - e mais de oito bilhões ao final de seus quatro anos de governo, aos poucos as meias verdades do Governo vão caindo por terra e por certo devem estar amedrontando Dilma em relação à sua presença em atos públicos.
Segundo noticiário recente, a presidente cancelou presença no maior evento de tecnologia e comércio do setor agropecuário nacional, o Agrishow, que acontece todos os anos em Ribeirão Preto, designando o ministro da Agricultura, do PMDB de MT, para representá-la. Com certeza além do temor de ser vaiada novamente, a ausência também pode decepcionar tremendamente um dos únicos setores que tem contribuído para o desempenho da economia, reduzindo as frustrações quanto ao crescimento pífio do PIB durante o governo Dilma.
Só para se ter uma ideia, desde a Proclamação da República, incluindo o atual governo, o Brasil terá experimentado ao final de 2014, nada menos do que 30 diferentes governos. Os índices de crescimento do PIB durante o Governo Dilma só estão melhores do que durante os governos de Collor e Floriano Peixoto, quando ocorrerem severas recessões e “crescimento negativo”. Este é o 27º pior índice de crescimento do PIB em 115 anos de vida republicana. Mesmo assim, Dilma deseja ser reeleita.
O desempenho econômico, medido pelos índices de crescimento do PIB, durante os quatro anos de Dilma será de 2,0%, bem menor do que do PIB mundial que será de 3,5% e dos países emergentes de 5,4%. Talvez esses índices possam explicar, pelo menos em parte, as quedas constantes de Dilma nas pesquisas de opinião pública, indicando que a probabilidade de um segundo turno está muito mais certa do que imaginam os estrategistas do Palácio do Planalto.
Os índices de avaliação negativa do governo Dilma já estão praticamente superando os índices de aprovação e tudo leva a crer que a situação econômica nacional, incluindo a inflação, as denúncias de corrupção no governo e as deficiências gritantes em todos os setores devem contribuir para a erosão de uma “aura” que durante anos o governo tentou construir em torno da presidente.
Se, dentro de mais um ou dois meses, as próximas pesquisas continuarem demonstrando que a popularidade da Presidente continua caindo, com certeza muitos de seus aliados vão pular do barco, como alguns setores de vários partidos aliados que já dão sinais de que vão deixar a presidente e o PT a ver navios. Mais de 50% da população deseja o fim deste governo e à medida que os debates sejam realizados com os demais candidatos, com certeza as coisas podem piorar para o lado do atual governo. Com certeza Dilma deverá fugir da maior parte dos debates com os demais candidatos!
*JUACY DA SILVA é professor universitário, aposentado UFMT, mestre em sociologia. Email: [email protected] Blog: www.professorjuacy.blogspot.com Twitter: @profjuacy
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José Bonifácio 06/05/2014
Muito bom o artigo do Juacy. Esclarecendo o marasmo econômico e o descrédito dos atuais governantes do Brasil.
Ubirajara Itagi 06/05/2014
Juacy confunde análise com torcida e fala bobagens. Portanto, que vá "analisar" os jogos de futebol.
2 comentários