É a dilatação anormal de uma veia ou artéria. Facilmente diagnosticável quando o brasileiro ou brasileirinho consegue chegar a um serviço de saúde com resolutividade.
Uma boa anamenese e um simples exame de ultrassonografia, na maioria das vezes, confirma o diagnóstico clínico.
O seu tratamento é cirúrgico, o mais precoce possível, com excelentes resultados na maioria das vezes. Considero o aneurisma como mais um dos caprichos da natureza.
O problema é que esse capricho da natureza, na maioria das vezes, fica bem escondido, nas profundidades dos órgãos internos.
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Basta alguém sair da Chapada dos Guimarães com destino a Cuiabá pela rodovia, que logo fará o diagnóstico de um enorme aneurisma roto.
Inicia-se na entrada do balneário do Manso, local de descanso dos milionários e novos ricos, até a ex-Cidade Verde.
A sofrida estradinha de mão e contramão, que deixa a nossa cidade mais conhecida do mundo, pelas suas antigas belezas naturais, não possui acostamentos, servindo de via de transporte para os bitrens do nosso ouro ( soja), e, abruptamente, sofre uma enorme dilatação.
É o aneurisma estradeiro, nascido a menos de um ano, mas com problemas seriíssimos na sua formação, colocando em risco a vida de milhares de pessoas que por ali trafegam.
Buracos inúmeros em todo o seu trajeto. Asfalto virando geléia. Causam preocupação àqueles que vão ao balneário, ou à gostosa cidadezinha. Com exceção para aqueles se utilizam dos seus aviões e helicópteros.
Os médicos do asfalto, que são os engenheiros, devem imediatamente interditar a obra e partir para o urgente tratamento que salvará muitas vidas humanas.
Nova pavimentação, mas não utilizando o tradicional asfalto abafa-poeira.
O pior nessa verdade, mais parecida com a historinha que antigamente as mães contavam aos seus filhos para dormir, é que esse aneurisma rodoviário foi motivado pelas eleições passadas e várias vezes inaugurado, com placa e tudo.
Não sei se as obras já foram pagas, e a licitação é aquela tradicional, de cartas marcadas, para não descontentar a quem irá pagar e fiscalizar.
Depois que a Rede Globo denunciou a maracutaia, o governo do Estado alega que ainda não recebeu a obra!
A emenda ficou pior que o soneto. Como se inaugura um aneurisma (a obra) e libera o tráfego, se ela não foi recebida pelo órgão técnico competente?
Então ela não possui alvará ou autorização dos órgãos técnicos do governo para receber o tráfico intenso de gente além dos pesados caminhões de soja?
Estamos sendo governados pelo Baú da Felicidade: quem dá mais?...
(*) GABRIEL NOVIS NEVES é médicom professor universitário e colaborador de Hipernoticias. E-mail: [email protected]
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