Sexta-feira, 19 de Abril de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,25
euro R$ 5,59
libra R$ 5,59

00:00:00

image
ae7b65557f584ffa666eb2a35ce5142f.png
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,25
euro R$ 5,59
libra R$ 5,59

Artigos Sexta-feira, 09 de Outubro de 2015, 16:13 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Sexta-feira, 09 de Outubro de 2015, 16h:13 - A | A

Aldo: um comunista na Defesa

Para uma minoria de reacionários e anticomunistas empedernidos, a indicação suou como uma provocação, o que lhes têm causado calafrios e ataques coléricos

MIRANDA MUNIZ

RDNews

Miranda Muniz

 

 

Ante ao anuncio da reforma ministerial, confirmando a indicação pela presidenta Dilma do camarada Aldo Rebelo para o Ministério da Defesa, muita gente ficou estupefata. Já para uma minoria de reacionários e anticomunistas empedernidos, a indicação suou como uma provocação, o que lhes têm causado calafrios e ataques coléricos. 

 

Entretanto, tal indicação certamente foi a mais acertada entre todas.

 

Primeiramente, porque o camarada Aldo Rebelo é um verdadeiro craque na política. No início do Governo Lula ocupou o importante cargo da Articulação Política. A seguir, no bojo do escândalo do “Mensalão” e a renúncia do presidente da Câmara, Severino Cavalcante, quando a “oposição” já ultimava o roteiro do impeachment, via presidência da Câmara, Aldo foi escalado e decidiu aquele jogo: mesmo pertencendo a um partido, o PCdoB, com apenas 10 deputados, conseguiu abocanhar a maioria dos votos de seus pares, derrotando o forte candidato do conluio oposicionista, Thomas Nono (PFL), e se tornando presidente da Câmara dos Deputados, terceira pessoa da linha sucessória, “salvando” o Governo Lula.

 

Posteriormente, relatou o Novo Código Florestal, tema espinhoso e que estava na iminência de provocar uma deflagração de grandes proporções no campo. Com inteligência e maestria, enfrentou o setor mais atrasado e reacionário do ruralismo e, por outro, os setores do ambientalismo “santuarista”, do preservacionismo estático da natureza que defendem a paralização do crescimento. Alguns deles, inclusive, ligados à ONGs financiadas por empresas forâneas que competem com o Brasil. O texto “possível” teve aprovação quase consensual.

 

Já na véspera da Copa do Mundo, quando a oposição e a mídia apostavam todas as fichas para que a mesma fosse um fiasco e quando atacavam ferozmente o então ministro dos Esportes Orlando Silva, transformando um deslize da compra de uma tapioca de R$ 7,00 com cartão coorporativo (valor imediatamente devolvido aos cofres públicos) em um “escândalo nacional”, além de acusa-lo por supostos contratos irregulares, posteriormente (e tardiamente) inocentado pela Comissão de Ética Pública e pelo MP, coube novamente ao Aldo assumir aquela pasta que estava no “olho do furação”.

 

Desenvolveu um trabalho exemplar, transformado o pretendido fiasco em uma das copas mais bem organizadas. Transitou em meio à gente da FIFA e da CBF, muitos dos quais hoje presos e banidos do futebol por corrupção, sem se misturar com aquela gente ou ser seduzido por benesses. Saiu limpo, ileso, sem nenhuma mácula. Assim como tem sido toda sua história de vida política.

 

Com o novo mandato, a Presidenta o escalou para o importante ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Inicialmente a mídia hegemônica e a “oposição” torceram o nariz, acusando-o de despreparado e ter posição contrária aos avanços que essa área tem que promover. Editoriais, matérias desconexas e artigos foram produzidos procurando desqualificar a indicação e tentar jogar a comunidade científica contra o Ministro.

 

Calaram rapidamente, pois o Novo Ministro, ao contrário, entabulou diálogo com todos os setores e segmentos ligados à área, aproximando a comunidade científica do Ministério. Prova disso, foi o clamor geral, com divulgação de um manifesto de renomados cientistas, pesquisadores, professores, intelectuais, servidores, etc., exigindo sua permanência à frente do MCTI.

 

Um segundo aspecto, talvez pouco conhecido do grande público, é o fato da ligação histórica do camarada Aldo Rebelo com a área da Defesa.


Com uma clara visão da geopolítica, Aldo sempre defendeu o fortalecimento e a modernização das Forças Armadas, por considera-las imprescindíveis à soberania nacional. Por conta disso, sempre contou com a simpatia dos novos comandantes da geração pós Ditadura Militar. Este fato o transforou num dos conferencistas mais requisitados pela Escola Superior de Guerra (ESG), instituto responsável para promover altos estudos de política, defesa e estratégia.

 

Em sua mais recente conferência na ESG, proferida em julho, para o curso superior de Defesa, defendeu com ênfase a necessidade de mais investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&i) em áreas estruturantes, ocasião em onde informou importantes inciativas do MCTI “estabelecemos pontos estratégicos para o País, dentre eles, as tecnologias ligadas a áreas de defesa, as tecnologias não transferíveis, tecnologias ligadas à área espacial e ao Programa Espacial Brasileiro e, principalmente, a segurança cibernética”.

 

Também reforçou a importância de o Brasil desenvolver e fabricar sua própria base de lançamento de satélites e foguetes, ressaltando a importância do Programa Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres “nosso compromisso é completar esse ciclo com a fabricação do nosso lançador e reorganizar a área de pesquisa e ciência. Não basta projetar e construir, é preciso que haja um grupo de pesquisa que mantenha a atualização dos equipamentos e informações para o andamento do programa”.

 

O fato de vários medalhistas simbolicamente “prestarem continências ” quando da premiação nos Jogos Pan-americanos, que alguns desinformados chegaram a interpretar erroneamente como uma defesa da “volta do Regime Militar”, era apenas um reconhecimento às Forças Armadas, cuja parceria com o COB e o Ministério dos Esportes, permitiu que vários atletas utilizassem seus modernos centros de treinamentos. Parceria que foi intensificada quando Aldo Rebelo ocupava o Ministro dos Esportes.

 

Se no futebol ou em outros esportes coletivos é quase impossível ter um craque jogando em várias posições, na política, o camarada Aldo Rebelo tem tirado isso de letra: é um craque tanto no ataque, no meio campo e, agora, na Defesa!

 

*MIRANDA MUNIZ é agrônomo, bacharel em direito, oficial de justiça-avaliador federal, dirigente da CTB/MT e do PCdoB-MT.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros