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Artigos Segunda-feira, 16 de Dezembro de 2013, 09:11 - A | A

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Segunda-feira, 16 de Dezembro de 2013, 09h:11 - A | A

A necessária renovação da frota de caminhões no Brasil

s caminhões antigos estão envolvidos em 25% dos acidentes graves ocorridos no país

TARCISIO OLIVEIRA





Divulgação

Dos caminhões que circulam pelas ruas e estradas do País, nada menos do que 212 mil têm mais de 30 anos de uso, 2 mil deles circulam no estado de Mato Grosso. São mais de 400 mil caminhões com capacidade para transportar de 8 a 29 toneladas que têm, em média, idade superior a 20 anos. Embora representem apenas 7% da frota total de veículos, os caminhões antigos estão envolvidos em 25% dos acidentes graves ocorridos no país. Além de menos seguros do que os modelos mais novos, os veículos com longo período de utilização quebram com mais frequência, prejudicando o tráfego, poluem mais e consomem mais combustível e, justamente esses veículos de menor capacidade para carga são os que circulam dentro do perímetro urbano, causando mal maior devido ao estado de conservação dos mesmos.


Tudo isso justifica a instituição de políticas públicas que estimulem a renovação da frota de caminhões, de modo a reduzir gradualmente sua idade média até níveis comparáveis com os de países mais desenvolvidos e aumentar a eficiência e segurança do sistema de transporte rodoviário de carga. Uma sugestão nesse sentido, que resultou de uma inédita ação conjunta de dez entidades vinculadas à questão, foi apresentada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior há algumas semanas.

Essas entidades sabem que não há condições para a renovação rápida da frota o objetivo da proposta por elas entregue ao governo, que ainda não se manifestou sobre ela, é trocar anualmente 30 mil unidades com mais de 30 anos de uso por veículos novos. Ao longo de uma década, cairia bastante a idade média da frota nacional de caminhões, atualmente estimada em 18 anos pela Associação Nacional do Transporte de Cargas & Logística.

Dados sobre o tamanho e a idade média da frota de caminhões constantemente atualizados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e disponíveis na sua página eletrônica, mostram claramente que, no caso dos caminhões leves e simples (com capacidade de 3,5 a 27 toneladas), as unidades mais antigas são as operadas por transportadores autônomos. No caso dos caminhões leves (até 7,99 toneladas), a idade média da frota dos autônomos é de 19,3 anos; no dos caminhões simples (de 8 a 19 toneladas) de 22,8 anos. Os autônomos operam 572 mil caminhões leves e simples.

Eles são forçados a manter os caminhões em operação por mais tempo porque enfrentam dificuldades históricas para financiar a renovação de seu instrumento de trabalho. A linha de financiamento oferecida por cerca de três semanas (até 13 de dezembro) pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para a compra de veículos rodoviários com juros de 4% ao ano e recursos do Programa de Sustentação de Investimentos foi destinada a micro, pequenas e médias empresas. Das pessoas físicas interessadas no financiamento foi exigida a comprovação da condição de produtores rurais e do uso dos recursos na agropecuária. Ou seja, essa linha não atendeu os transportadores autônomos o que é como chover no molhado.

Programas já lançados por governos estaduais atendem tanto autônomos como empresas transportadoras e cooperativas de transportes. O de São Paulo, anunciado em abril, está sendo operado em caráter inicial no Porto de Santos, por onde circulam diariamente cerca de 6 mil caminhões, dos quais quase metade tem mais de 30 anos ou perto de atingir essa idade. O interessado entrega o caminhão antigo para reciclagem em postos autorizados pela Cetesb e obtém financiamento de até 100% do valor do veículo novo, para pagar em até 96 meses, com 6 meses de carência, sem juro se pagar as prestações em dia ou juro de 0,33% ao mês se atrasar.

Em outubro último, o governo do Estado do Rio anunciou um programa pelo qual o proprietário, frotista ou transportadora entregam o veículo antigo, com mais de 20 anos de uso, para uma empresa recicladora e obtêm um crédito que será utilizado na compra de um caminhão produzido no Estado, com isenção do ICMS, hoje de 12%. Projeto semelhante ao do Rio foi aprovado em outubro pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Para que o estímulo à renovação da frota de caminhões se estenda a todo o País é preciso que haja um programa federal, porém, há de se esperar que o governo do estado de Mato Grosso também trabalhe esse programa para ver se começa a produzir uma logística com qualidade da porteira para fora, coisa que a décadas a classe reclama e nada acontece.

Fonte: ANTT, Blog do Caminhoneiro, Estadão.


* TARCISIO OLIVEIRA SOUZA JUNIOR é colaborador de HiperNotícias e escreve às segundas-feiras. E-mail: [email protected]

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Marcilio Villar 16/12/2013

Grande matéria Sr: Tarcísio, os Caminhoneiros autônomos também tem que ser beneficiados, pois eles são uma das grandes parte que usam veículos antigos e que o governo tome vergonha na cara e ajude com leis pra as pessoas mudarem e que os bancos também façam planos de financiamento que de pra as classes menos favoráveis.

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1 comentários

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