Mato Grosso enviou para fora do país 20,91 mil toneladas de carne bovina in natura, gerando uma receita de US$ 92,72 milhões. Mesmo com desempenho das exportações aquém do registrado em dezembro de 2017 em 11,45%, este é o segundo melhor mês de janeiro da história para as exportações mato-grossenses de proteína bovina, dando indícios de que 2018 pode ser um bom ano para as exportações e isso traz um leve alento para as indústrias que vislumbram um mercado interno ainda fraco.
As informações são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e Desenvolvimento Econômico (MDIC), que divulgou os dados referentes às exportações de janeiro de 2018.
"Ainda que o maior rebuliço no noticiário tenha sido causado pela saída da Rússia das compras da carne brasileira, o país que teve a maior participação nesta redução das exportações mato-grossenses em janeiro de 2018 foi o Irã, que comprou 2,13 mil toneladas a menos no comparativo mensal", informa o Instituto Mato-grossense de Economia (IMEA) em seu boletim semanal sobre a bovinocultura.
No Brasil, as exportações do agronegócio atingiram US$ 6,16 bilhões em janeiro, em alta de 4,9% sobre os US$ 5,87 bilhões do mesmo mês no ano passado. Os cinco principais setores exportadores do agronegócio foram: carnes (19,3% de participação); produtos florestais (18,7% de participação); complexo soja (16,8% de participação); complexo sucroalcooleiro (10,3% de participação); e cereais, farinhas e preparações (8,9% de participação).
As vendas externas de carnes somaram US$ 1,19 bilhão. Houve queda do volume exportado em 5,9%, amenizada pela expansão de 3,8% no preço. A carne bovina se destacou com incremento de 24,2%. Houve expansão tanto da quantidade exportada (+15,7%) quanto do preço médio de exportação (+7,3%).
Abate de bovinos
Na última semana o Indea tornou disponíveis os dados do abate de bovinos mato-grossenses em janeiro de 2018. Foram abatidos 451,43 mil animais no período, volume 4,16% maior que o registrado em dezembro de 2017 e, no comparativo anual, o crescimento registrado foi de 5,62%.
Os efeitos sazonais da pecuária ganham cada vez mais “corpo” nos dados gerais, visto que o avanço das fêmeas (frutos de descarte) nas linhas de abate é considerável. A quantidade de fêmeas abatidas cresceu 24,79% no comparativo mensal e atingiu uma representatividade de 48,33%.
Caso siga a sazonalidade histórica, esta maior participação das fêmeas no abate total pode prosseguir até maio de 2018, e isso liga o sinal de alerta do pecuarista que está segurando seus animais buscando valorização dos preços no curto prazo, pois o aumento na oferta de animais, a manutenção dos bovinos no pasto e a projeção de queda nos preços podem colocar este em dificuldades.
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