Criado para reduzir o risco de incêndios rurais e florestais, especialmente durante a estiagem, Mato Grosso estabelece o período proibitivo para queimadas em 2025: no Pantanal, entre os dias 1º de junho e 31 de dezembro; e na Amazônia e no Cerrado, entre os dias 1º de julho e 30 de novembro.Diante desse cenário, a Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) reforça as medidas preventivas adotadas pelos produtores e orienta sobre as ações necessárias caso as chamas ameacem suas propriedades.
A época da seca torna a vegetação mais propensa a se inflamar, o que acende um alerta para os produtores rurais. Esse é o período em que os cuidados devem ser reforçados, principalmente durante a colheita do milho.
O vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier, destaca que, ao longo de todo o ano, os produtores realizam trabalhos preventivos para evitar danos durante os meses de estiagem.
“As ações preventivas feitas ao longo do ano são um pilar fundamental no combate aos incêndios no estado de Mato Grosso, pois é nessa época que devem ser realizados os aceiros e demais preparações para eventuais riscos e focos de incêndio que possam surgir na propriedade rural. Dessa forma, os aceiros, o preparo da equipe da fazenda e a revisão das máquinas são essenciais para o combate ao fogo, caso o pior aconteça e um incêndio atinja a propriedade”, explica Bier.
O vice-presidente ressalta também as ações que a entidade realiza com a campanha de prevenção e combate aos incêndios, a distribuição de cartilhas com instruções para os produtores sobre como se preparar e agir durante essa temporada, que pode ser extremamente danosa para os agricultores, podendo resultar em prejuízos financeiros e até mesmo em perdas de vidas. Além disso, a Aprosoja MT também participa do Comitê Estadual de Gestão do Fogo (CEGF), em parceria com diversos órgãos públicos e entidades.
“A participação da Aprosoja MT no Comitê Estadual de Gestão do Fogo é extremamente importante, pois o setor produtivo contribui para a construção de ações e atividades de combate aos incêndios. O produtor rural é peça fundamental no enfrentamento do fogo, especialmente no interior do estado, onde ele é responsável por vastas extensões de terra. Ele pode contribuir significativamente tanto na prevenção quanto no combate aos incêndios sempre que necessário”, complementa Bier.
No início do período da estiagem, o produtor de Brasnorte, Vagner Herklotz, reúne-se com seus funcionários para alinhar o que precisa ser feito de maneira preventiva, como a realização da limpeza de folhas secas e aceiros, a manutenção de máquinas e a preservação da vegetação verde abaixo dos postes de energia.
“Há cerca de três anos tivemos um início de incêndio que foi controlado, mas, nos últimos anos, graças a Deus, não tivemos casos. Isso se deve à compreensão dos vizinhos. Se todos fizerem sua parte, os casos diminuem, mas ainda assim acontecem. O segredo é combater o fogo no início, porque, depois que ele se alastra, é mais difícil de controlar”, relata o produtor.
Caso ocorra um incidente com fogo, é importante reforçar que os produtores precisam notificar as autoridades competentes na região e documentar o ocorrido, tirando fotos e gravando vídeos sobre tudo que está sendo feito para combater as chamas. Essa ação é essencial para registrar de forma precisa o acontecimento.
A produtora do município de Diamantino, Ligia Bronholi Pedrini, conta que, nesse período, seu maquinário está sempre preparado para atuar contra os incêndios e ressalta a importância da atuação da Aprosoja MT.
“A Aprosoja MT já tem nos auxiliado muito, porque estreitou esses laços com o Corpo de Bombeiros, fornecendo treinamentos nos nossos núcleos. Em Diamantino mesmo, agora nós teremos um Corpo de Bombeiros lá, mas já contamos com treinamentos que vêm junto com as cartilhas distribuídas dentro das fazendas, e que podemos fornecer aos nossos funcionários”, finaliza Lígia.
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