Ricardo Nunes, prefeito da capital paulista, alega na ordem de despejo que o terreno será usado como um "hub de moradia social". Os artistas, no entanto, alegam que o local contribui para a cultura e para a formação social da população e que outros prédios da região que foram reivindicados com o mesmo argumento não tiveram esse destino.
No Instagram, o Teatro de Contêiner Mungunzá falou sobre a carta, mas não revelou seu conteúdo.
"Fechar o Teatro de Contêiner é inadmissível. O poder público deveria estimular os teatros, jamais despejar um espaço cultural vivo e pulsante. Teatros de São Paulo unidos em defesa do Teatro de Contêiner: são mais de 60 assinaturas de coletivos da cidade reunidas em apoio a nossa permanência", diz a legenda.
A Companhia Mungunzá de Teatro é responsável pelo Teatro de Contêiner que ocupa o terreno na Rua dos Gusmões, no centro de São Paulo, desde 2016. Segundo o coletivo, o local estava em desuso.
Ao Estadão, Marcos Felipe, ator e produtor pela companhia, já havia afirmado: "O Teatro de Contêiner é referência no seu trabalho com a comunidade, um ponto turístico da cidade. É inadmissível que a gente destrua um equipamento de cultura para a construção de mais um prédio".
Por que o Teatro do Contêiner vai ser despejado?
O Estadão obteve acesso à notificação judicial que ordena o despejo do teatro, sob a justificativa da construção de um conjunto habitacional no local.
Lê-se, no documento, a explicação da ordem: "A Prefeitura de São Paulo entende que a área onde está situada atualmente o Teatro de Contêiner é um ponto estratégico para que seja instrumentalizado um novo programa habitacional municipal.
(Com Agência Estado)
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