Jurandyr Czaczkes Chaves, mais conhecido como Juca Chaves, nasceu no Rio de Janeiro em uma família judaica, em 1938, e se consagrou como compositor de modinhas e trovas cujas letras traziam irônicas metáforas especialmente contra a ditadura militar brasileira (1964-1985). Por conta disso, foi chamado por Vinicius de Moraes como Menestrel Maldito.
Em trecho da música Quantos Somos, por exemplo, ele diz: "Diplomatas, militares, deputados, vereadores / ministros e senadores, imprensa, parlamentares / 5 mil e cento e dez os Barnabés do Brasil / O quanto resta é o quanto presta / Sem Sarney 90 mil."
Críticas
Ele também foi crítico da grande imprensa e do próprio mercado fonográfico. Chegou a ser exilado em Portugal na década de 1970 mas, em show no Teatro Tivoli, irritou as autoridades locais ao fazer uma piada com o ditador António de Oliveira Salazar. Com isso, foi obrigado a se transferir para a Itália.
Dentre suas canções mais conhecidas estão Caixinha, Obrigado, A Cúmplice, Menina, Que Saudade, Por Quem Sonha Ana Maria (interpretada no filme Marido de Mulher Boa, de 1960) e Presidente Bossa Nova, essa em homenagem a Juscelino Kubitschek, que presidiu o País entre 1956 e 1961.
O escritor Jorge Amado dizia que Juca Chaves tinha "a voz mais livre do Brasil".
Juca também era um notório torcedor do São Paulo Futebol Clube e, em 2006, lançou-se candidato a senador na Bahia pelo PSDC, ficando em 4º lugar, com 19.603 votos.
Fez campanha em formato de poesia, o que o distinguia dos outros candidatos. Nos últimos anos, declarou-se defensor da Operação Lava Jato.
Desde 1975, Juca Chaves era casado com Yara Chaves. Ele deixa duas filhas, Marina Morena e Maria Clara.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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