Em 2019, por exemplo, sua família chegou a autorizar os direitos de imagem para que um novo James Dean surgisse em cena graças à computação gráfica. A ideia, à época, era utilizá-lo como protagonista de um filme sobre a guerra do Vietnã, intitulado Finding Jack. À época, o fato gerou críticas da classe artística, mas evidenciou também a relevância do nome de Dean, que se mantém em evidência mesmo com o passar das décadas.
Carreira meteórica
Ao todo, foram sete filmes. Entre 1951 e 1953, fez papéis pequenos ou coadjuvantes em O Marujo Foi na Onda, Baionetas Caladas, Sinfonia Prateada e Atalhos do Destino. O destaque viria dois anos depois, em 1955, com os protagonistas Cal Trask, de Vidas Amargas, e Jim Stark, de Juventude Transviada.
Em ambos, deu vida a um jovem em conflito com o seu redor. No primeiro, a tensão se dava especialmente com seu irmão em uma família tumultuada, como uma menção à história bíblica de Abel e Caim. No outro, um desajustado que chegava a ser preso e se envolvia com outros jovens que não eram exatamente das melhores companhias. James Dean ainda filmou Assim Caminha a Humanidade, em que contracena com Elizabeth Taylor e Rock Hudson. O filme foi lançado somente após sua morte, em 1956.
Por que James Dean foi tão marcante na história do cinema
Em análise publicada no Estadão há alguns anos, o crítico Luiz Carlos Merten descreveu James Dean como um ator "insuperável em cenas de descontrole emocional": "O que ele colocou na tela foi a personificação da rebeldia e das angústias próprias da juventude da década de 1950". "O fato de haver morrido tão jovem consolidou o mito". (Clique aqui para ler mais)
Tudo isso se somou para que o ator fosse indicado ao Oscar em duas ocasiões - ambas, de forma póstuma. Em 1956, por Juventude Transviada, quando o prêmio de melhor ator foi vencido por Ernest Borgnine (Marty). Também disputaram Frank Sinatra (O Homem do Braço de Ouro), James Cagney (Ama-Me ou Esquece-Me) e Spencer Tracy (Conspiração de Silêncio).
Já no ano seguinte, foi indicado novamente ao prêmio de melhor ator, desta vez vencido por Yul Brynner (O Rei e Eu). Também disputaram a estatueta seu colega de Assim Caminha a Humanidade, Rock Hudson, Kirk Douglas (Ricardo III), e Laurence Olivier (Sede de Viver).
A morte de James Dean
Em 30 de setembro de 1955, James Dean saiu de Hollywood em seu Porsche Spider em direção ao norte do Estado da Califórnia. O jovem Donald Turnispeed, de 23 anos, da cidade de Tulare, também pegava a estrada naquele dia. Numa via a cerca de 45 km de El Paso de Robles, os dois veículos se chocaram.
Turnispeed saiu com alguns machucados no rosto e no nariz. Rolf Weutherich, um mecânico de Hollywood que acompanhava o ator sofreu uma fratura na perna e outra na mandíbula. James Dean, porém, morreu antes mesmo que pudesse ser levado a um hospital. Curiosamente, 13 dias antes do acidente, ele havia participado de um comercial alertando para a segurança do trânsito.
(Com Agência Estado)
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