"Eram brigas violentas que geralmente resultavam em algum tipo de agressão física", afirmou Cassie. "Ele bateu com força na minha cabeça, me arrastou pelo chão, me chutou, pisou na minha cabeça", detalhou ela, destacando que episódios como esse "aconteciam com frequência".
A cantora também relatou que as chamadas "freak-offs" - como eram apelidadas as orgias organizadas por Diddy, frequentemente regadas a drogas e álcool - se tornaram parte central da sua vida. "Era como um trabalho. Minha vida era participar dos freak-offs, me recuperar dos freak-offs, ser abusada ou tentar evitar os abusos", disse.
O depoimento retoma o centro da discussão pública sobre o caso, iniciado em novembro de 2023, quando Cassie entrou com um processo civil contra Diddy, encerrado com um acordo de 30 milhões de dólares (mais de R$ 168 milhões na cotação atual). Na época, ela foi identificada como "Vítima 1" no processo.
O caso ganhou nova repercussão em 2024, quando a CNN divulgou imagens de uma câmera de segurança de 2016 que mostram Combs, sem camisa, agredindo Cassie em um corredor de hotel e a arrastando de volta ao quarto. A defesa do rapper alega que o vídeo foi manipulado e que não reflete o contexto completo.
Ao longo do depoimento, Cassie descreveu como conheceu o rapper em Nova York, em meados de 2007, e como o envolvimento afetivo evoluiu rapidamente. "Foi meu primeiro relacionamento adulto de verdade. Era diferente, o estilo de vida dele. Eu estava encantada", disse. Mas, segundo ela, o encantamento durou pouco.
"Fiz uma cara errada e levei um soco no rosto", contou, ao descrever o comportamento controlador do ex. A cantora também falou sobre abusos psicológicos e o medo constante de ter sua carreira destruída por vídeos íntimos que, segundo ela, eram gravados sem seu consentimento.
P. Diddy, de 55 anos, foi preso em setembro de 2024 e enfrenta acusações que incluem tráfico sexual, formação de quadrilha e transporte para fins de prostituição. Ele está detido desde então no Metropolitan Detention Center, no Brooklyn, e pode pegar prisão perpétua caso seja condenado.
(Com Agência Estado)
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