O prefeito interino de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), avaliou como "preciptada" a abertura de uma Comissão Processante contra o prefeito afastado Emanuel Pinheiro (MDB). O pedido já foi apresentado à Câmara de Vereadores, mas a votação foi interrompida pelo presidente da Casa e correligionário do prefeito afastado, Juca do Guaraná (MDB). Apesar de não concordar com a medida, Stopa garantiu que não interferirá nas decisões do Legislativo.
"Acho precoce falar em cassação no momento em que o Ministério Público e a Justiça estão tomando as providências. Eu acredito muito no Poder Judiciário e é esperar agora. Você, hoje, fazer o impeachment, comissão processante, é condenar o prefeito sem dar a ele o direito de defesa", disparou Stopa, depois de se encontrar com o vice-governador Otaviano Pivetta na tarde desta sexta-feira (29).
Emanuel Pinheiro foi afastado depois que se tornou alvo da Operação Capistrum, que apura irregularidades nas contratações de servidores temporários na Secretaria de Saúde de Cuiabá. Decisões judiciais no âmbito criminal e cível determinaram a medida cautelar como uma forma de impedir a perpetuação das irregularidades.
Nesta sexta-feira (29), o desembargador Luis Ferreira da Silva, inclusive, rejeitou recurso da defesa e manteve o afastamento na esfera criminal. O pedido ainda será avaliado em decisão colegiada.
Na Câmara, o pedido de abertua de Comissão Processante que pode resultar na cassação do prefeito foi protocolado por um membro da sociedade civil. A manobra foi estratégia da oposição para que todos os parlamentares contrários a Emanuel pudessem votar a abertura. A matéria entrou em votação na última terça-feira (26) e foi adiado para a próxima sessão por falta de documentos.
Apesar da conjuntura desfavorável ao prefeito Emanuel Pinheiro, José Roberto Stopa garantiu que não há articulações políticas no sentido de interferir na decisão dos parlamentares.
"A Câmara é independente, é um outro Poder que nós respeitamos. Temos que respeitar os vereadores. Na minha visão, existe uma investigação por parte do Judiciário, eu não posso condenar, só o Judiciário pode", disse.
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