O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), contradisse, nesta sexta-feira (18), o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira. Ele afirmou que a construção de um túnel continua sendo considerada pelo governo como solução para o problema no trecho conhecido como Portão do Inferno. A área crítica fica na rodovia MT-251, em Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá). A declaração de Mendes contraria o que havia sido dito pelo secretário, que declarou publicamente que a alternativa do túnel estaria descartada.
A declaração de Mendes foi feita durante a assinatura das ordens de serviço para a construção de uma nova área de escape na Serra de São Vicente, trecho crítico da BR-163/364 sob concessão da Nova Rota do Oeste.
Ao ser questionado sobre a declaração do secretário, que descartou o túnel como alternativa e afirmou que a solução ainda seria definida nas próximas semanas, o governador foi direto ao corrigir a informação.
“Se ele falou isso, é diferente do que falou para mim na última reunião. Ele apresentou oficialmente essa solução [do túnel] e eu dei o ok para prosseguir com o projeto. Se mudou, ele não trouxe isso para mim”, disparou.
Segundo Mendes, a proposta do túnel foi debatida tecnicamente com a equipe da Sinfra e apresentada em sua sala. “Eu não converso atravessado. Se falei isso publicamente é porque recebi tecnicamente, com os engenheiros e o secretário. Depois disso, não falei mais com ele. Se houve mudança, não fui comunicado”.
O governador ainda revelou que há uma estimativa preliminar de custo para a obra, considerada mais cara do que a intervenção atual, mas ainda mais barata que outras soluções anteriormente discutidas. “Tínhamos um estudo de engenharia de valor. É uma estimativa superficial, mas o túnel é um pouco mais caro que a solução atual e bem mais barato que outras alternativas que já nos foram apresentadas”, explicou.
Mendes também indicou que a nova solução exigirá o rompimento do contrato atual e a realização de nova licitação. Em tom crítico, ele rebateu declaração anterior do secretário, que teria classificado Chapada como um “presente de grego”. “Estamos no governo para resolver qualquer problema, independente se foi deixado pelos gregos ou por quem quer que seja”.
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