A vereadora eleita em Cuiabá, Paula Calil (PL), destacou sua disposição para dialogar com os parlamentares. No entanto, ressaltou que o diálogo exige abertura mútua entre as partes. Paula, embora novata, é uma das mais cotadas a assumir a presidente da Câmara Municipal. Seu grande entusiasta é o prefeito eleito Abilio Brunini (PL), quem lançou publicamente o projeto. Apesar do apoio de peso, Paula tem enfrentado resistência por ser vereadora de primeiro mandato e por representar uma chapa possivelmente composta só por mulheres.
"Nosso grupo sempre esteve aberto ao diálogo, foi assim que construímos a base de apoio de 11 vereadores que temos hoje. Porém, diálogo pressupõe reciprocidade. Se a condição para dialogar é que eu desista da minha candidatura ou que abramos mão de ter mulheres em posição de destaque na mesa diretora, então isso não é diálogo", afirmou Paula.
A candidata enfatizou que a população deseja mudanças na forma como os trabalhos são conduzidos na Câmara.
"Tenho percorrido a cidade, conversado com as pessoas nos bairros, e o que elas pedem é renovação. A Eleição do Prefeito Abílio é prova disso, a grande renovação na câmara é prova disso... Respeito os grupos que também disputam a mesa diretora, mas eles mesmos se posicionam como defensores da continuidade, e não da mudança", declarou.
DISPUTA PELA MESA
A disputa pela presidência da mesa diretora da Câmara está polarizada entre dois grupos principais. De um lado, o bloco liderado por Paula, que conta com a maior base de apoio. Do outro, o grupo liderado por Jeferson Siqueira (PSD), alinhado a vereadores mais próximos do atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).
Há ainda um terceiro grupo, formado por Demilson Nogueira (PP), Eduardo Magalhães (Republicanos) e o vereador eleito Daniel Monteiro (Republicanos) , que busca espaço em uma das chapas, mantendo-se como uma força alternativa.
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