Presidente do PSDB em Mato Grosso, o deputado federal Nilson Leitão tem defendido, em Brasília, que o seu partido deixe o governo do presidente Michel Temer (PMDB). Os tucanos foram, até então, os principais apoiadores da gestão e comandam cinco ministérios.
A postura ocorre após o vazamento da delação da JBS, que trouxe gravações do peemedebista autorizando a compra de silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha, que está preso por conta da Operação Lava Jato.
“Defendo que o presidente Temer renuncie e, caso não o faça, que o PSDB desembarque do governo. Minha posição tem sido firme nesse sentido, mesmo reconhecendo que houve uma melhora na economia e na geração de emprego durante a gestão”, disse.
Leitão avalia que as consequências da denúncia envolvendo o presidente podem ser catastróficas para a economia brasileira. Nessa quinta-feira (18), o dólar teve uma das maiores altas da última década e a Bovespa registrou queda brusca.
“O Brasil não aguentará mais duas ou três semanas com o noticiário sobre o assunto. O País desligou o motor que estava funcionando, não no ritmo que precisava, mas que já havia melhorado a economia. A instabilidade política é fatal para a economia”, concluiu.
Logo após falar com a reportagem, Leitão emitiu nota à imprensa. Confira a íntegra:
Diante da crise partidária que se abateu sobre o meu partido, e da convulsão institucional que já assolava o país há tempos e se agravou nas últimas 24 horas, gostaria de deixar clara a posição que defenderei:
- Defendi o Afastamento do senador Aécio Neves da presidência do PSDB,até que sejam esclarecidas as denúncias que pesam sobre ele;
- Desembarque imediato do PSDB do Governo de Michel Temer, com a entrega dos cargos pelos ministros do partido;
- Renúncia do presidente Michel Temer, para permitir que a estabilidade seja reestabelecida nesse momento tão crítico do país; Mesmo entendendo a melhora da economia e do emprego, é necessário estancar a crise imediatamente;
- Disposição dos presidentes da Câmara e do Senado em abrirem mão da linha sucessória para a Presidência da República na vacância do cargo, permitindo que a presidente do STF assuma o cargo interinamente;
- Condução de novo processo eleitoral pela presidente do STF, Carmen Lúcia, em no máximo 30 dias, como determina a Constituição Federal.
Dep. Nilson Leitão (PSDB-MT)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.