O deputado estadual Júlio Campos (UB) não escondeu o receio do partido rachar, caso o colega de Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (UB), amadureça o plano de ir ao PSD. Sem revelar se acompanha o correligionário na nova sigla, o parlamentar deu apenas uma certeza: irá pedir a autorização do governador Mauro Mendes, presidente do União Brasil em Mato Grosso, para se licenciar da agremiação e apoiar Botelho, mesmo que o secretário-chefe da Casa Civil, Fabio Garcia (UB), também concorra à Prefeitura de Cuiabá.
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"Quanto a mim, se não deixar o partido, vou me licenciar e pedir o apoio para a candidatura do Eduardo Botelho", afirmou Júlio Campos, em entrevista à TV Vila Real nesta terça-feira (31).
Fazendo uma rápida análise do cenário atual, Campos apontou que o "ringue" está repleto de "candidatos fortes" e ir a campo com o União Brasil aos pedaços é um risco extra de se expor a uma possível derrota nas urnas. “Com certeza, nos preocupamos com um racha. Vai ser uma eleição com candidatos fortes", admitiu Júlio.
Do lado dos petistas, Botelho e Garcia batem de frente com o colega de plenário Lúdio Cabral (PT) e a ex-deputada federal Rosa Neide (PT). Ampliando o leque para a Federação do PT, PCdoB e PV, tem o vice-prefeito José Roberto Stopa (PV). Passando para o PL, também há duas possibilidades, Abilio Brunini ou Chico 2000.
"No PT, temos dois candidatos fortes, o Lúdio e a Rosa Neide. Do outro lado, o bolsonarismo, que é muito forte em Mato Grosso e em Cuiabá; tem o candidato do prefeito Emanuel Pinheiro, o vice-prefeito Stopa, que também é um nome que não se pode esquecer, que é muito atuante nos bairros. Temos um quadro não muito favorável para um candidato com pouca afinidade política com a sociedade cuiabana. Hoje, o Botelho está entranhado nas classes A, B, C e D. Ele é um nome que reúne muito mais potencial numa vitória eleitoral do que o Fabio Garcia", avaliou Júlio Campos.
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