O senador Jayme Campos (UB) tenta viabilizar uma "carta de alforria", ou melhor, a carta de anuência do deputado estadual Eduardo Botelho (UB) junto ao governador Mauro Mendes (UB) para que o parlamentar deixe o partido. Jayme acredita que o melhor para a legenda é manter Botelho, mas reconhece que o deputado não encolherá seu projeto político para concorrer à Prefeitura de Cuiabá e atender os anseios da agremiação. Por isso, apoia liberá-lo para o PSD em última instância.
“Se o Botelho não tiver espaço, acho mais do que justo o partido dar uma carta de alforria para ele. Eu, particularmente, defendo essa tese, acho que o mínimo que podemos oferecer é essa possibilidade para Botelho (carta de anuência), até porque foi um grande companheiro do Mauro nas duas eleições para governador e ele tem que ter o mínimo de consideração pelo Botelho", sinalizou Jayme Campos nesta segunda-feira (30).
O governador afirmou que até esta quarta elencará critérios para decidir quem será o pré-candidato ao Alencastro - Botelho ou o secretário-chefe da Casa Civil, Fabio Garcia. O objetivo de Mendes é pacificar a situação e dar condições de igualdade para ambos.
Por sua vez, Jayme está decidido a usar até sua influência em Brasília para beneficiar Botelho em um futuro pleito pela desfiliação. Desdobramento que o próprio senador acredita que será desnecessário.
"Eu estou decidido, sou favorável que se, eventualmente, o Botelho for sair, dar a carta de alforria e se precisar, como vice-presidente do diretório nacional, em Brasília, vou levar essa proposta para o diretório nacional dar a ele essa possibilidade de ser candidato por outra agremiação. É o mínimo de consideração e respeito que temos que mostrar pelo Botelho. A decisão é do diretório regional, mas o presidente é o Mauro Mendes. Acho que não tem dificuldade nenhuma, o mínimo de sensatez é dar esse documento. É obvio que será apoiado pelos demais companheiros do diretório regional”, avaliou Jayme Campos.
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