O governador Mauro Mendes (UB) rebateu os deputados estaduais que criticaram o relatório da Controladoria-Geral do Estado de Mato Grosso (CGE) sobre supostas irregularidades em emendas parlamentares. Durante entrevista à imprensa na noite desta segunda-feira (23) ele abordou diretamente a acusação dos parlamentares e afirmou que o relatório de auditoria foi totalmente técnico.
"A CGE não fez nenhuma acusação a nenhum deputado", ressaltou. "Ela identificou o sobrepreço e apontou aquilo no relatório, mas ela não entrou no mérito com o nome de nenhum deputado.", declarou em defesa do órgão. (Assista ao final).
O governador Mauro Mendes, garantiu a integridade e a base técnica do documento, afirmando que o relatório está à disposição para ser analisado pelos próprios parlamentares – alguns dos quais, inclusive, já o teriam recebido.
“Acho que hoje nós temos que tomar muito cuidado diante de alguns problemas e não ficar falando sem que haja uma assertividade maior e uma objetividade maior daquilo que se diz por aí e daquilo que efetivamente está escrito preto no branco.”, opinou sobre a ação dos deputados estaduais.
O mandatário do estado reforçou que o objetivo do relatório da CGE é técnico-auditorial, e não acusatório. Ele visa identificar possíveis desvios e superfaturamentos em processos que envolvem recursos públicos, fornecendo subsídios para que outros órgãos, como a Polícia Civil, possam aprofundar as investigações e, se for o caso, individualizar as responsabilidades.
Sobre a condução das investigações pela Polícia Civil, o governador Mauro Mendes mencionou sua própria experiência com acusações injustas no passado, lamentando que ninguém passe por tal situação.
No entanto, ele ponderou que, por não ter tido acesso ao relatório da Polícia Civil e não ter conversado com a corporação sobre os detalhes dos bastidores, não possui elementos para entrar no mérito das críticas dirigidas à delegada responsável.
Suposta fraude
Na última segunda-feira (16) denúncias de desvio de finalidade em supostas compras superfaturadas, por meio de emendas parlamentares destinadas à Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf/MT), foram veiculadas nacionalmente pelo portal UOL.
De acordo com informações preliminares, a Seaf teria adquirido kits agrícolas por R$ 28 milhões - dos quais, mais de R$ 10 milhões estariam acima dos preços praticados no mercado.
A indicação de corrupção gerou reação de deputados durante sessão da ALMT na última semana. Carlos Avalone e Wilson Santos, os dois do PSD, Faissal Calil (Cidadania), Diego Guimarães (Republicanos), e Max Russi e Fábio Tardin, esses dois últimos do PSB, usaram a Tribuna para criticar a auditoria, a qual classificaram de vazia.
Os parlamentares ainda aprovaram na última quarta-feira (18) a convocação do Controlador Geral do Estado, Paulo Farias Nazareth Neto, para prestar esclarecimentos sobre a investigação.
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