O governador Mauro Mendes (UB) reforçou o pedido pela concessão do Parque Estadual de Chapada dos Guimarães ao governo do Estado. Durante agenda em Brasília, nesta quarta-feira (5), o governador chamou de "crime" a transferência da gestão do parque para uma empresa privada.
Mendes vem tentando, sem sucesso, reverter o leilão que garantiu a concessão do parque à Parques Fundo de Investimento em Participações (Parques FIP) desde o fim do ano passado. Segundo ele, é um "crime" com Mato Grosso autorizar que as entradas para as belezas naturais do Parque de Chapada custem R$ 100.
O governador argumenta que o Estado tem o dinheiro necessário para investir na atração turística e conseguiria baratear o acesso ao Parque que, segundo ele, é o foco do governo para fortalecer o turismo da baixada cuiabana.
A briga pela concessão chegou a ser marcada por uma polêmica com relação à suposta exploração de minério pela empresa de Mauro Mendes na região do Parque Nacional. A denúncia foi levada pelo deputado estadual petista Valdir Barranco para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Em resposta, Mauro chamou a acusação de mentirosa.
"Novamente nós batemos aqui, falamos com os ministros sobre o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães mais uma vez mostramos que é impossível fazer esse crime com Mato Grosso, com os mato-grossenses de obrigar o trabalhador a pagar R$ 100 para acessar esse parque", argumentou.
"O governo do Estado tem o dinheiro, quer investir e mais uma vez bati nesse tecla, entre outros assuntos. Estou acreditando que vai dar certo, estou confiante", completou.
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Na segunda-feira (3), durante entrevista, o governador já havia voltado a discutir o tema dizendo que a concessão foi uma "cagada" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu aliado nas eleições de 2022. Segundo ele, a licitação "cheira mal" e a mesma empresa tem vencido todas as concessões de parques no país.
"A mesma empresa está ganhando todas as concessões de parques no Brasil. Isso não cheira mal? Isso pra mim cheira mal. Falei isso pro presidente Lula. Mandei uma carta pessoalmente pra ele sobre isso”, disse na ocasião.
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