O governador Pedro Taques (PSDB) voltou a negar qualquer envolvimento no "Escândalo dos Grampos" que vinha ocorrendo desde 2012 em Mato Grosso. Taques garantiu que não utilizou interceptações telefônicas clandestinas durante as eleições de 2014.
"Por parte de mim não. Eu não mandei fazer, não pedi pra ninguém fazer. Isso tem que ser investigado. Já tem uma ação penal investigando. Agora, ação penal não significa condenação. Os acusados terão o direito a ampla defesa", disse o governador Pedro Taques nesta sexta-feira (21).
A declaração de Taques ocorre após o Ministério Público Estadual (MPE) ter apresentado denúncia contra os coronéis da Policia Militar Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Lesco, e Ronelson Jorge de Barros, além do tenente-coronel Januário Edwiges Batista e do cabo Gerson Correa Junior. Para o MPE, o objetivo dos grampos telefônicos seria para "interferir na disputa eleitoral de 2014".
A denúncia se econtra sob a relatoria do desembargador Orlando Perri, responsavél pelos processos e denúncias dos grampos no Trinal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Nela, o ex-comandante da Policia Militar, Zaqueu Barbosa é considerado comandante do escritório de arapongagem no âmbito da PM.
Entre as vítimas da arapongagem em 2014, estão os dois coordenadores jurídicos das campanhas adversárias de Taques em 2014, José do Patrocínio (campanha de Lúdio Cabral - PT) e José Antônio Rosa (campanha de Janete Riva - PSD). E também o ex-candidato a governador, José Marcondes, o "Muvuca", a deputada estadual Janaina Riva (PMDB) e desembargador aposentado José Ferreira Leite.
Ministério Público Estadual (MP-MT) denunciou, na última segunda-feira (17), quatro oficiais e um cabo da Polícia Militar de Mato Grosso no esquema de interceptações telefônicas ilegais denunciadas em reportagem do Fantástico no dia 14 de maio de 2017. Segundo o Ministério Público, os coronéis da Polícia Militar, Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Lesco, e Ronelson Jorge de Barros, o tenente-coronel Januário Edwiges Batista, e o cabo Gerson Correa Junior, operaram uma central clandestina de inteligência, desde agosto de 2014, para “interferir no pleito eleitoral”.
Empresários, jornalistas, advogados, e até a deputada estadual Janaína Riva foram algumas das vítimas da fraude. Segundo a denúncia, o esquema era encabeçado pelo ex-comandante geral da Polícia Militar, o coronel Zaqueu Barbosa.
Casa Militar
O governador Pedro Taques também admitiu rever a sua decisão que determinou o afastamento temporário do coronel Evandro Lesco da chefia da Casa Militar e do seu adjunto, coronel Ronelson Barros, por conta da prisão de ambos no dia 23 de junho, acusados de terem praticado grampos telefônicos ilegais por meio da chamada "barriga de aluguel" - quando números de pessoas comuns são listados como se pertencendo a alvos de investigações policiais.
"Eu fiquei sabendo da denúncia [do Ministério Público] ontem, vamos tomar essa decisão hoje", afirmou.
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joao 21/07/2017
Tem que ter peito para exonerar os secretários. Agora que eu quero ver. A água está subindo.
1 comentários