A vereadora por Cuiabá, Edna Sampaio (PT), reiterou sua inocência com relação às denúncias de prática de "rachadinha", apontou vícios na condução da Comissão Processante que a condenou e recomendou a cassação do seu mandato pela segunda vez. Edna não compareceu a sessão ordinária desta quinta-feira (6), porém, se defendeu por meio de live no Instagram durante os 15 minutos em que o presidente da Câmara, Chico 2000 (PL), suspendeu os trabalhos para que ela se manifestasse na Casa. Por estar fora do Legislativo, a fala da vereadora não foi considerada nos autos.
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Edna Sampaio disse que o depoimento da ex-chefe de gabinete, Laura Natasha de Abreu, não pode ser utilizado como prova pela Comissão Processante. Laura Natasha afirmou que não tinha acesso a verba indenizatória do gabinete e que os valores eram depositados em conta ligada à vereadora.
"O testemunho da Laura não pode ser a única prova contra mim. O testemunho da Laura nada mais é que o testemunho de qualquer pessoa. É preciso que se tenha provas, é preciso dar a mim o direito de defesa, mas não em um processo viciado onde o rito é desrespeitado o tempo inteiro. Tenho um advogado que está há anos no campo jurídico, sendo como juiz ou advogado", falou Edna.
Segundo a vereadora, a Comissão Processante não levou em conta o período que estava de licença médica e a convocou para a oitiva. Edna afirmou que seus atestados e o laudo foi encaminhado ao gabinete de Chico 2000 que deveria ter repassado ao grupo que a investigava. Além disso, conforme a vereadora, a Comissão abriu prazo para ouvi-la ao mesmo tempo em que iniciou o período das alegações finais, indo na contramão dos parâmetros jurídicos.
"Como vou aceitar uma Comissão que burla o rito descrito no Decreto 201/67, não me dá direito a defesa, abre instrução em um período que eu estava de licença muito antes de marcar essa oitiva minha, tenho laudo médico e testemunhas. Inclusive, a Câmara sabia disso. Eles remarcam a minha oitiva ao mesmo tempo que aceita a produção de provas, fecha para o advogado fazer as suas razões finais sem ter a produção de provas no processo. Aí eu vejo a manipulação da opinião pública. Um processo sem vício me absolveria", disse a vereadora.
Edna foi cassada por 19 votos favoráveis, um contrário e cinco ausências.
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