O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia Fiscal, deputado Zé Carlos do Pátio (SD), remarcou nova audiência com o empresário Wesley Batista, proprietário da JBS Friboi, que era pra ser ouvido nesta terça-feira (10), porém acabou faltando pela segunda vez. O parlamentar concluiu que se houver nova falta no dia 6 de junho, a única saída de ouví-lo é intimando-o coercitivamente.
Marcos Lopes / AL-MT
Zé do Pátio pretende ir a São Paulo para pedir condução coercitiva de empresário
Pátio ainda firmou que entende a agenda de trabalho do empresário, porém existe também uma necessidade de se explicar sobre as acusações contra a JBS. “O proprietário era para ser ouvido em abril, mas a sua defesa nos enviou um ofício alegando que ele estava viajando a trabalho. Por isso, pediu que a reunião fosse feita em maio. O colegiado da CPI entende que o Wesley tem agenda em outros países da Europa e Ásia, mas se faltar dessa vez terá vir de forma coercitiva”, destacou.
Segundo o deputado, a procuradoria da AL já esta preparando todos os procedimentos jurídicos para fazer o pedido da condução coercitiva, caso o empresário falte a nova reunião. “Vamos criar uma comissão para ir até o Tribunal de Justiça de São Paulo com o intuito de notificar o Wesley o quanto antes”, explicou.
NOVAS OITIVAS
Zé do Pátio afirmou que a partir da próxima semana serão intimados a depor todos os representantes das empresas que foram beneficiadas pelo Programa de Desenvolvimento Industrial e Comércio de Mato Grosso (Prodeic). “Apesar de ganharem o benefício, eles são acusados de sonegarem impostos e não cumprirem as metas do Prodeic”, disse.
MIRAGRÃOS
Com mais de 80 oitivas realizadas a CPI de Renúncia e Sonegação Fiscal já constatou que uma das empresas que mais sonegaram impostos é a Miragrãos, do empresário Aldevino Aparecido Bissoli.
Em uma entrevista à imprensa, realizada no dia 26 de abril, deste ano, após a oitiva com Aldevino, Zé do Pátio afirmou que o empresário já teria sonegado cerca de R$ 120 milhões.
Além disso, o parlamentar destacou que há suspeita que outras duas empresas de Aldevino, localizadas Primavera do Leste e Lucas do Rio Verde, também tenham fraudado o fisco do Estado.
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