O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (UB), confirmou ao HNT, com exclusividade, que a existência de um acordo entre o governador Mauro Mendes (UB) e o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (UB), quanto ao pleito pela Prefeitura de Cuiabá nas eleições de 2024 já havia sido comunicado a ele. Devido Garcia ter auxiliado Mendes em sua campanha de reeleição em 2022, o chefe do Paiaguás retribuiria o favor, ficando ao lado do deputado federal licenciado no pleito ao Executivo municipal. Mesmo diante do cenário, o líder do Legislativo estadual afirmou que se mantém no União Brasil até dezembro.
"Espero que o governador seja claro e franco como sempre foi comigo. Ele disse que havia assumido um compromisso com o Fábio no período de campanha e que estaria mais inclinado a isso. Inclusive, o próprio Garcia havia falado que iria me apoiar também, caso eu fosse candidato. Mas ainda não há nada definido", declarou Botelho à reportagem nesta quarta-feira (19).
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A mudança de posicionamento de Garcia de 'aliado' à 'pré-candidato' engatilhou uma disputa interna acirrada contra Botelho. A partir das evidências de que Mauro estaria sujeito a projetar o político ao recrutá-lo para Casa Civil, o presidente da AL começou a ser assediado por outras siglas, como o PSD, do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Questionado se enxerga a atitude de Fábio como uma traição, Botelho negou e disse que a única coisa que espera é "igualdade na disputa".
"A minha conversa com o governador sempre foi nesse sentido de 'ganha-ganha'. Ele está no direito dele, de ficar ao lado do Fábio, afinal, ele é o dono do partido. Não considero essa postura do Fábio como traição, pelo contrário, sou grato por ele colocar seus interesses como pré-candidato. Só espero que ambos tenham as mesmas condições. Isso é a única coisa que quero: igualdade", ressaltou o deputado estadual.
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A resistência de Botelho em se movimentar mostra a passividade de uma figura experiente no jogo eleitoral. Ao manter sua decisão sobre continuar no União Brasil ou adotar Fávaro como seu "cabo eleitoral de luxo", ele ganha cinco meses e, como na esfera política tudo muda de configuração rapidamente, pode assistir de camarote até mesmo Mendes repensar sobre Fábio Garcia e decidir mudar de lado. Um forte motivo para desenhar essa conjuntura seria a última pesquisa do MT Dados, que aponta o presidente da AL como vencedor no segundo turno e Garcia "enterrado" no primeiro, com menos de 5% da intenção de votos.
"Ainda está muito longe das eleições e muita coisa pode acontecer. Temos que acompanhar. O que posso dizer é que estou muito tranquilo", disse Eduardo Botelho.
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