O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) afirmou que após a retirada de assinaturas do requerimento da comissão parlamentar de inquérito (CPI) do Feminicídio, frustrando a abertura do procedimento, Edna Sampaio (PT), foi à governadoria com Wilson Santos (PSD) para dialogar com o secretário-chefe da Casa Civil, Fabio Garcia (União Brasil). Para não perder a oportunidade de emplacar a discussão, Edna fechou acordo com Fabio pela instauração de comissão especial sobre o feminicídio.
O 'plano B' terá dupla função: garantindo protagonismo à Edna no período dos 50 dias que ainda restam a suplente de Valdir Barranco (PT) na Assembleia Legislativa (ALMT), funcionando como uma estratégia para recuperar a imagem da suplente desgastada ao ser cassada por duas vezes enquanto vereadora por Cuiabá; e satisfará uma das metas do mandato de Barranco, promovendo o amadurecimento de políticas públicas em prol às mulheres.
"Não vai ter CPI. Ela que fez a proprositura e acertou", declarou Eduardo Botelho à imprensa nesta quarta-feira (27). "É um acerto dela. Ela que foi lá e acertou", reforçou o deputado.
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Edna e Wilson ligaram para Botelho e resumiram a reunião com Fabinho, esclarecendo que não haveria mais CPI. Nos bastidores, o que foi ventilado é a base do governo decidiu não apoiar a propositura. O fato não foi confirmado pela deputada que apenas admitiu ter conversado com o presidente da AL, Max Russi (PSB), sobre a situação e ele externou ter recebido ofícios com pedidos para retirar as assinaturas, entretanto, não entrou em pormenores, indicando as justificativas dos parlamentares.
Eduardo Botelho reconheceu que o arcabouço de recursos da comissão especial será menor que da CPI, mas acredita que Edna poderá colher "bons resultados", se souber construir alianças na Casa.
O deputado lembrou que enquanto presidente da AL instalou a Câmara Setorial Temática do Feminicídio que percorreu cidades polo do estado com equipe multidisciplinar, formada por representantes do Legislativo, Ministério Público (MP-MT) e Tribunal de Justiça (TJ-MT). O grupo de trabalho produziu relatório que foi apresentadono plenário.
Botelho não é contrário a instalação da comissão proposta por Edna Sampaio, mas provocou os colegas, ressaltando que é preciso "colocar em prática" o que será colocado no papel.
"Se a decisão da Edna for concordar com a comissão, vamos trabalhar com a comissão", expôs. "Mas precisamos melhorar e criar uma política efetiva em cima disso, começando pela Secretaria de Educação, criar um trablho em cima disso, com o Ministério Público, com o Tribunal de Justiça. Um projeto para que desde o aprendizado, desde o início se combata o feminicídio, é trabalhar em cima dos homens. Punição é importante, mas precisamos trabalhar na educação", encerrou.
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