O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (UB), acredita que o governador Mauro Mendes (UB) possa recuperar até R$ 1 bilhão com a venda dos vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ao governo da Bahia. Uma comitiva de Mato Grosso está concentrada, nesta quarta-feira (19), nas negociações que acontecem em Brasília e são intermediadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT-BA), sinalizou que os técnicos de sua gestão atestaram a viabilidade da compra e a expectativa é que o imbróglio seja pacificado.
Conforme Botelho, a AL acompanha os bastidores da negociação e, caso seja fechada nesta semana, a Casa Civil deve ir até o Legislativo detalhar os pormenores da transação.
"Nós vamos acompanhar, evidentemente, eles irão vir aqui prestar esclarecimento sobre esse processo. Agora, na verdade, o governo já está autorizado a fazer essa negocição, mas é importante que venha aqui, pois é daqui que se tornam públicas as ações do governo", falou Eduardo Botelho à imprensa nesta quarta-feira.
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A oferta do governo da Bahia de R$ 700 milhões é um agravante na mesa e pode fazer com que Mauro recue, não fechando a venda. Embora seja R$ 100 milhões a mais do que na última proposta de Jerônimo Rodrigues, ainda está distante do R$ 1,2 bilhão intencionados por Mendes.
Botelho reconhece o distanciamento entre a oferta e o pedido do governo de Mato Grosso, mas reiterou a importância de que seja dado um destino aos vagões, considerando a tecnologia de ponta que o modal dispões e o aporte dos cofres públicos ao comprá-los.
"Tem que ser dada alguma destinação. O que não pode é como alguém já sugeriu para mim, transforme em carrinho de cachocorro quente, aí não dá. Um negócio caríssimo, de alta tecnologia ... São quase R$ 1 bilhão que o Estado vai recuperar. Acho importante. Não serve para nós, mas o recurso vai vir para que o Estado possa investir em obras daqui, como o BRT, por exemplo", opinou Botelho.
HERANÇA DA COPA
O VLT em Cuiabá compôs o pacote de melhorias para receber a Copa do Mundo de 2014. O orçamento inicial foi de R$ 1,4 bilhão e o prazo de entrega estimado era dezembro de 2013. Porém, a obra não avançou e foi substuída pelo Ônibus de Transporte Rápido (BRT). O projeto do modal alternativo está quase concluído em Várzea Grande e avança na avenida do CPA, na Capital.
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