O presidente do PSDB em Mato Grosso, Carlos Avallone, acredita que a capacidade do partido de dialogar com esquerda e direita fortalecerá a agremiação nas articulações políticas pré-eleições de 2024. Mesmo admitindo certo perfil "flex" para as conversações, Avallone pontuou que a sigla tem suas defesas conservadoras e é contra o aborto, por exemplo. Elevando o tema ao extremo, o deputado comparou a polarização existente no país com a guerra entre Israel e o Hamas. O parlamentar disse que onde o ódio é "alimentado", uma hora a situação acaba "explodindo".
"Entendo que a conversa é o melhor caminho. Defendo as causas da família, sou contra o aborto, tenho uma posição firme, mas não vejo problema em conversar com direita ou esquerda. Respeito muito a opinião dos outros. Aí, acontece uma guerra que nem essa de Israel e Hamas, que acaba mostrando que quando você tem muito ódio, muita briga, vai chegar uma hora que isso explode", declarou Carlos Avallone em entrevista à Rádio Cultura, nesta segunda-feira (30).
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Uma "guerra" pessoal e política mencionada pelo deputado foi a do governador Mauro Mendes (União Brasil) com o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). Ambos sempre estão de lados opostos e os ataques são compartilhos publicamente à imprensa ou nas redes sociais. O que Mauro defende, Emanuel não apoia. O contrário também é recíproco. Avallone falou que essa rusga "não tem sentido".
"Em Mato Grosso, você vê uma guerra que não tem sentido, é o governador Mauro Mendes e o prefeito Emanuel Pinheiro, ninguém entende, só eles. Essas posturas não são boas, as pessoas têm que entender, temos que ter outros caminhos. Quem colocou os dois lá foi o povo e tem que respeitar a opinião do povo", opinou o tucano.
Posicionando o PSDB como terceira via, Avallone tenta encaixar o partido no vácuo de novas alternativas gerado pela polarização. Esse é o "trunfo" eleitoral do presidente da agremiação, que irá pleitear a Prefeitura de Cuiabá e já prepara o caminho para seus pré-candidatos à vereança.
"Eu vejo isso com naturalidade e vejo que está trazendo muita gente para o PSDB, e vamos sair com um tamanho diferente do que temos hoje, vamos ter um protagonismo diferente para 2026, e as eleições de 2024 vai (sic) nos legitimar para isso", encerrou Carlos Avallone.
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