Acontece nesta sexta-feira (12), em Cuiabá, a reconstituição da morte do aspirante a bombeiro Lucas Veloso Peres, de 27 anos, vítima de afogamento durante um treinamento do Corpo de Bombeiros Militar na Lagoa Trevisan, no dia 27 de fevereiro deste ano. No entanto, o Inquérito Policial Militar segue em sigilo e, por isso, apenas os envolvidos e suas defesas estão autorizados a participar. Jornalistas e a assessoria de imprensa da guarnição também não têm permissão para acompanhar a simulação.
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A expectativa é de que o capitão do Corpo de Bombeiros Militar Daniel Alves Moura e Silva, que ministrava o curso em que o jovem se afogou, esteja presente na reconstituição. Assim como a família de Lucas Veloso.
O caso já está sendo apurado pela Corregedoria Geral do Corpo de Bombeiros sob a condução do coronel Dércio Santos da Silva. Até o momento, foram ouvidos alunos do curso de formação e o próprio capitão Daniel Alves Moura e Silva.
Inicialmente, a causa da morte foi apontada como mal súbito. No entanto, prints de conversas no WhatsApp vieram à tona em que outros alunos do curso sugeriram que a vítima teria recebido alguns “caldos”.
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Em depoimento prestado na investigação, alunos do curso de formação do Corpo de Bombeiros contaram que o capitão Daniel Alves Moura e Silva retirou os equipamentos de flutuação da vítima.
Além disso, relataram que Moura e Silva teria isolado Lucas durante o treino e teria afastado os parceiros chamados de “cangas”, que prestam apoio aos alunos.
Em seguida, Veloso teria sofrido “caldos”. Inclusive, na data em que ministrou o curso que culminou na morte de Lucas, o capitão deveria estar de férias. Ao menos é o que aponta a Portaria nº 127/ BM-1/2024. Segundo o documento, de circulação interna dos Bombeiros, o benefício começaria a ser usufruído por Moura e Silva apenas em março.
Contudo, o capitão pediu a antecipação do benefício, que passaria a ser cumprido no período de 9 de fevereiro a 9 de março. O pedido recebeu parecer do comandante-geral da corporação, o coronel Alessandro Borges Ferreira, que autorizou a mudança no prazo.
O HNT ainda informou, em primeira mão, que as análises preliminares apontaram que Lucas morreu afogado durante treinamento do Corpo de Bombeiros.
Foram diagnosticadas duas lesões, sendo elas cogumelos de espuma e as manchas de paltauf, o que demonstram a causa da morte. Os achados afastaram, inicialmente, a hipótese de que Veloso tenha sofrido mal súbito, como foi divulgado nas primeiras horas após sua morte.
Na nota sobre o inquérito, a corporação informou que, junto da Secretaria de Estado de Segurança Pública, prestaria total apoio aos familiares e colegas de curso. Além disso, uma força-tarefa foi montada para que os pais de Lucas viessem de Goiás no mesmo dia dos fatos e voltassem com o corpo para o estado natal.
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