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Polícia Quinta-feira, 11 de Abril de 2024, 15:09 - A | A

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Quinta-feira, 11 de Abril de 2024, 15h:09 - A | A

CASO LUCAS VELOSO

Reconstituição da morte de aspirante bombeiro será a "portas fechadas" nesta sexta

Inquérito Policial Militar segue em sigilo, por isso, apenas os envolvidos e suas defesas estão autorizados a participar. Jornalistas e a assessoria de imprensa da guarnição também não têm permissão para acompanhar a simulação

SABRINA VENTRESQUI
Da Redação

Acontece nesta sexta-feira (12), em Cuiabá, a reconstituição da morte do aspirante a bombeiro Lucas Veloso Peres, de 27 anos, vítima de afogamento durante um treinamento do Corpo de Bombeiros Militar na Lagoa Trevisan, no dia 27 de fevereiro deste ano. No entanto, o Inquérito Policial Militar segue em sigilo e, por isso, apenas os envolvidos e suas defesas estão autorizados a participar. Jornalistas e a assessoria de imprensa da guarnição também não têm permissão para acompanhar a simulação.

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A expectativa é de que o capitão do Corpo de Bombeiros Militar Daniel Alves Moura e Silva, que ministrava o curso em que o jovem se afogou, esteja presente na reconstituição. Assim como a família de Lucas Veloso.

O caso já está sendo apurado pela Corregedoria Geral do Corpo de Bombeiros sob a condução do coronel Dércio Santos da Silva. Até o momento, foram ouvidos alunos do curso de formação e o próprio capitão Daniel Alves Moura e Silva.

Inicialmente, a causa da morte foi apontada como mal súbito. No entanto, prints de conversas no WhatsApp vieram à tona em que outros alunos do curso sugeriram que a vítima teria recebido alguns “caldos”.

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Em depoimento prestado na investigação, alunos do curso de formação do Corpo de Bombeiros contaram que o capitão Daniel Alves Moura e Silva retirou os equipamentos de flutuação da vítima.

Além disso, relataram que Moura e Silva teria isolado Lucas durante o treino e teria afastado os parceiros chamados de “cangas”, que prestam apoio aos alunos.

Em seguida, Veloso teria sofrido “caldos”. Inclusive, na data em que ministrou o curso que culminou na morte de Lucas, o capitão deveria estar de férias. Ao menos é o que aponta a Portaria nº 127/ BM-1/2024. Segundo o documento, de circulação interna dos Bombeiros, o benefício começaria a ser usufruído por Moura e Silva apenas em março.

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Contudo, o capitão pediu a antecipação do benefício, que passaria a ser cumprido no período de 9 de fevereiro a 9 de março. O pedido recebeu parecer do comandante-geral da corporação, o coronel Alessandro Borges Ferreira, que autorizou a mudança no prazo.

HNT ainda informou, em primeira mão, que as análises preliminares apontaram que Lucas morreu afogado durante treinamento do Corpo de Bombeiros.

Foram diagnosticadas duas lesões, sendo elas cogumelos de espuma e as manchas de paltauf, o que demonstram a causa da morte. Os achados afastaram, inicialmente, a hipótese de que Veloso tenha sofrido mal súbito, como foi divulgado nas primeiras horas após sua morte.   

Na nota sobre o inquérito, a corporação informou que, junto da Secretaria de Estado de Segurança Pública, prestaria total apoio aos familiares e colegas de curso. Além disso, uma força-tarefa foi montada para que os pais de Lucas viessem de Goiás no mesmo dia dos fatos e voltassem com o corpo para o estado natal.  

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