O homem apontado como responsável pelo assassinato de Roger André Soares da Silva, de 29 anos, foi capturado nesta quarta-feira (25) no interior de São Paulo. Além de matar a vítima a facadas, o suspeito também desenhou cruzes com o sangue de Roger, que era homossexual. O crime aconteceu em abril, na casa onde a vítima morava, no bairro Parque Cuiabá.
Segundo as informações da Polícia Civil, o assassino, de 36 anos, estava sendo monitorado pelo Núcleo de Inteligência da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa da Capital (DHPP) que, em parceria com equipes do estado de São Paulo, conseguiram efetuar a prisão dele.
No momento da prisão, o homem apresentava uma CNH falsa, com o nome de Paulo Soares de Melo. Ele foi localizado em uma pousada no interior de São Paulo.
Além do mandado de prisão decretado pela Justiça de Mato Grosso pelo homicídio de Roger André, o suspeito também tinha ordem de prisão emitida pela Justiça paraibana, onde o criminoso foi condenado a 15 anos por outro homicídio qualificado.
O CASO
O corpo de Roger André Soares, 29 anos, foi encontrado dentro de uma residência no bairro Parque Cuiabá, na região sul da Capital. O corpo apresentava diversas perfurações provocadas por arma branca e na sala da casa, os investigadores e peritos encontraram diversas manchas de sangue espalhadas no chão e paredes, indicando um cenário de 'filme de terror'.
A equipe da DHPP apurou que a vítima não residia no local. Quem morava no local era o autor do crime, que teve o imóvel cedido pelo proprietário para moradia temporária. Ele usava um nome completamente diverso da identidade real.
O corpo de Roger André foi localizado pela neta do proprietário do imóvel, que declarou ter recebido um telefonema da antiga companheira do criminoso, residente na Paraíba, de que algo teria acontecido. A testemunha foi até o imóvel e não localizou o morador, avistando somente a vítima no ambiente com marcas de sangue e já em óbito, quando então acionou a polícia.
A Polícia Civil apurou ainda que o autor do crime já teria trabalhado em 2016 para o dono do imóvel onde ocorreu o crime. Ele reapareceu, muito tempo depois, procurando trabalho e um local para morar e contou ter tido problemas com a justiça na Paraíba, mas que já teria cumprido parte da pena.
Durante a apuração sobre o homicídio, a equipe da DHPP averiguou que, antes do crime, o autor ficou bebendo em um bar da região do parque Cuiabá, quando teve contato com a vítima. Após manterem relação sexual, os dois tiveram um desentendimento, mas o investigado chamou a vítima para ir até sua casa, onde tudo ocorreu.
Após o crime, o suspeito pediu dinheiro à ex-mulher na Paraíba, porém ela teria negado ajuda.
A equipe responsável pela investigação realizou diversas oitivas e pesquisas, além do reconhecimento fotográfico, que apontou o suspeito como a pessoa que de fato morou na residência onde ocorreu o crime.
O dono do imóvel declarou à Polícia Civil que o suspeito teria trabalhado com ele em 2021, mas que nunca apresentou um documento de identificação e tinha um comportamento reservado e sem amizades.
Os policiais civis identificaram ainda que no dia 22 de abril, o investigado esteve no terminal rodoviário do Coxipó, sendo posteriormente reconhecido por fotografia por um funcionário da empresa prestadora de serviço do local.
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