O delegado Olimpio Cunha Fernandes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) declinou de sua competência o inquérito que investiga a morte do soldado Ricardo Ferreira de Azevedo, 36 anos. A justificativa da autoridade policial é de que trata de um crime militar. A vítima foi morta pelo tenente Alisson Rocha Brizola, 27 anos, um colega de farda lotado no Batalhão Força Tática, no dia 28 de maio. Depois da morte do PM, quatro militares envolvidos na ação foram afastados.
O crime aconteceu em um posto de gasolina, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Av. do CPA). Após a morte do agente, a Polícia Civil abriu um inquérito policial para investigar o caso. Ao mesmo tempo, um inquérito policial militar (IPM) também foi aberto para investigar as condutas dos militares envolvidos no fato.
No inquérito civil, após algum tempo de investigação, o delegado Olímpio concluiu que o crime é militar, pois ambos estavam em serviço. Diante disso, o ordenamento jurídico não permite que civis apurem crimes dessa espécie. Por isso, o delegado declinou de sua competência.
Após a abertura do IPM, um oficial foi designado para presidir as investigações. O nome do policial, no entanto, não foi informado ao HNT/HiperNotícias.
O inquérito deverá ser finalizado em 40 dias por se tratar de réu solto. Assim que for encerrado, será levado ao Ministério Público que decidirá ou não pela denúncia contra o denunciado. Se assim for feito, o caso será julgado na 11ª Vara Especializada da Justiça Militar.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa do tenente Alisson Rocha Brizola.
O caso
O fato iniciou quando policiais da Força Tática estavam em patrulhamento pela Capital. As 21h40, os agentes foram acionados para atenderem uma ocorrência em que quatro motociclistas estavam fazendo manobras perigosas na Avenida Beira Rio, na Capital.
Os agentes saíram em buscas e já na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), no pátio de um posto de combustível, flagraram dois homens em uma motocicleta, com uma arma em punho, apontando para outro homem.
Rapidamente, o tenente da Força Tática ordenou para que a dupla soltasse as armas. No entanto, a ordem não teria sido obedecida e diante disso, o tenente atirou no soldado.
Porém, a versão dos policiais vão na contramão do que se mostra no vídeo.
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Vídeo mostra tenente matando soldado da Polícia Militar em posto de combustível
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