O advogado Roberto Luís de Oliveira foi novamente alvo de um mandado de prisão na manhã desta terça-feira (19), em Sinop (497 km de Cuiabá). O suspeito está preso em um batalhão da Polícia Militar desde a última semana, quando foi alvo da “Operação Gravatas”. O jurista teria ajudado faccionados do Comando Vermelho no cometimento de diversos crimes.
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Desta vez, Roberto é acusado de ter auxiliado os criminosos nos homicídios de Riquelme Souza Félix, de 22 anos, e Joel Pereira da Silva, de 26 anos. Ambos foram alvos do “Tribunal do Crime”.
As vítimas foram sequestradas e, posteriormente, amarradas em um local de mata próximo ao município de Itanhangá, em abril de 2022. No local, os executores realizaram uma videochamada com os líderes da facção para decidirem sobre a morte das vítimas.
Nesse período, um dos líderes solicitou ajuda ao advogado para fazer um levantamento de informações a respeito de possíveis passagens criminais das vítimas nos estados de Pernambuco e de São Paulo.
Desta forma, o advogado, em tempo real, enviou cópias das consultas feitas nos tribunais de justiça, mesmo tendo ciência de que as vítimas estavam amarradas e subjugadas em poder de criminosos.
Logo depois, as vítimas, ainda vivas, foram torturadas e esfaqueadas até serem decapitadas. Os executores gravaram toda a cena e enviaram os vídeos para os líderes criminosos.
Além disso, de acordo com apuração do HNT, o advogado teria concordado em fazer cobranças dentro da cadeia em nome da facção criminosa.
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DESAPARECIMENTOS E EXECUÇÕES
Os dois jovens trabalhadores foram confundidos com integrantes de uma facção criminosa rival e executados. Riquelme e Joel desapareceram em 29 de abril, quando não apareceram na empresa de construção civil onde estavam trabalhando, em Tapurah (427 km de Cuiabá).
A partir do registro do desaparecimento, a delegacia do município recebeu uma informação de que havia dois corpos em uma área de mata, próximo ao limite com o município de Itanhangá. Os corpos estavam decapitados, já em decomposição e com mãos e pés amarrados. Após investigação, a Polícia Civil chegou à identificação dos cinco autores do crime, sendo três adultos e dois adolescentes.
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