O advogado Luciano Rodrigues Dantas, de 44 anos, representou criminalmente contra o investigador da Polícia Civil, Carlos Roberto Sena, alegando ter sido agredido pelo agente dentro da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (Derfva). O caso foi levado à Corregedoria-Geral da Polícia Civil, na última sexta-feira (27), e é acompanhado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT).
De acordo com o depoimento de Luciano, o caso aconteceu no início da tarde de sexta, quando ele esteve na delegacia para conversar com um cliente. Lá, um policial pediu que ele aguardasse na recepção. No entanto, diante da demora, ele se levantou e adentrou a primeira sala da Delegacia, considerada de acesso restrito, onde se localiza o setor administrativo.
Imediatamente, um policial se aproximou pedindo que ele se retirasse do local, uma vez que ninguém poderia ficar ali sem autorização. O advogado argumentou, então, que não havia entrado na ala da carceragem, mas na parte administrativa. Enquanto argumentavam, dois investigadores se aproximaram da dupla.
Foi nesse instante que Luciano passou a discutir com o investigador Carlos Roberto Sena, que, de acordo com o depoimento, aparentava ser o chefe da equipe. Os agentes civis solicitaram, novamente, que o advogado deixasse a área, ao passo que o mesmo tornou a argumentar que a área era parte administrativa e que ele tinha o direito de permanecer no local.
Irritado com a situação, o investigador deu voz de prisão a Luciano e o imobilizou, colocando suas mãos para trás, sem algemas. Segundo o advogado, ele foi levado para a carceragem e, no caminho, recebeu tapas na cabeça e socos nas costas, sendo que, ao chegar na cela, Carlos Roberto ainda teria prensado sua cabeça contra a parede.
O advogado relatou à Corregedoria que foi necessária a intervenção de outros investigadores, que impediram que ele ficasse em cárcere. Luciano ainda denunciou que foi maltratado por Carlos, humilhado, chamado de “babaca e outras ofensas da qual não se recorda exatamente”. O investigador ainda teria utilizado sua arma para ameaçá-lo, embora, em nenhum momento, tenha chegado a sacá-la da cintura.
Diante do que aconteceu, ele fez a representação criminal em desfavor do investigador e solicitou que medidas administrativas fossem tomadas.
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, a denúncia está em caráter inicial e deve ser analisada pela Corregedoria Geral da PJC. A Ordem dos Advogados do Brasil acompanha o caso por meio do advogado André Jacob Stumpf, presidente do Tribunal de Defesa das Prerrogativas (TDP).
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