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Mundo Sexta-feira, 16 de Setembro de 2011, 16:49 - A | A

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Sexta-feira, 16 de Setembro de 2011, 16h:49 - A | A

DISPUTA

Israel critica plano palestino de recorrer à ONU por Estado

Presidente da ANP, Mahmoud Abbas, pedirá ao Conselho de Segurança reconhecimento de Estado com fronteiras anteriores a 1967

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, criticou nesta sexta-feira a decisão "unilateral" do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, que anunciou que irá pedir o reconhecimento do Estado palestino à Assembleia Geral da ONU e ao Conselho de Segurança.

"A paz não será alcançada mediante um pedido unilateral", disse Netanyahu em um breve comunicado divulgado à imprensa.

"Não se pode chegar à paz associando-se com a organização terrorista Hamas [movimento islâmico no poder na faixa de Gaza]", acrescenta o comunicado, em referência ao processo de reconciliação entre o partido Fatah, de Abbas, e o Hamas.

Mais cedo, o jornal israelense "Haaretz" havia dito que Netanyahu negocia com americanos e europeus para que os palestinos obtenham um status inferior ao de Estado na ONU.

Segundo o periódico, Netanyahu está fazendo o possível para derrubar a iniciativa impulsionada por Espanha e França, que pretendem que os países da União Europeia votem a favor de uma resolução da Assembleia Geral que dê à Palestina a consideração de Estado, mas não a de membro pleno. O status de membro tem de ser aprovado pelo Conselho de Segurança, onde seria vetado pelos Estados Unidos.

"Se o status for inferior ao de Estado, estou disposto a falar disso", teria dito Netanyahu, de acordo com o diário.

Tara Todras-Whitehill/Associated Press

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, durante coletiva em Ramallah

Obter o reconhecimento como Estado é importante para os palestinos porque abriria as portas ao comparecimento a organismos internacionais, como o Tribunal Penal Internacional de Haia, onde poderiam denunciar as consequências da ocupação de seus territórios e as violações de direitos humanos cometidas contra sua população.

Os palestinos também poderiam assinar tratados multilaterais e, segundo eles, melhoraria sua posição para negociador com Israel.

O vice-diretor geral do Ministério das Relações Exteriores israelense, Ran Koriel, e o vice-diretor geral para a Europa, Naor Gilman, convocaram os embaixadores em Tel Aviv de Espanha, França, Alemanha, Reino Unido e Itália em uma tentativa de convencê-los a deixarem de apoiar o status de Estado para a Palestina, informa o "Ha'aretz".

ANÚNCIO

Em coletiva de imprensa em Ramallah, na Cisjordânia, Abbas afirmou que pedirá à ONU o reconhecimento do Estado palestino com fronteiras anteriores à guerra de 1967. A medida deve causar tensão diplomática com Israel e com os Estados Unidos, que se opõem com veemência a tal pedido, dizendo que um Estado palestino só poderia ser criado por meio de negociações diretas. Os dois países já disseram que irão barrar tal pedido no Conselho de Segurança.

"Nós iremos à ONU pedir nosso direito legítimo, de sermos totalmente reconhecidos como membro da organização, como Estado palestino", disse Abbas durante a coletiva exibida na TV, acrescentando que pretende apresentar o pedido à Assembleia Geral da ONU e pedir votação do Conselho de Segurança sobre o tema.

"O que levarei à ONU é o sofrimento e as preocupações de nosso povo, que vive sob ocupação há 63 anos", acrescentou Abbas, dizendo ainda que a criação do Estado palestino não é uma medida unilateral, já que é apoiada por 193 países.

Ele reiterou, no entanto, que não voltará da ONU como Estado independente, mas voltará "pronto para negociar" com Israel.

"Continuaremos com qualquer esforço para chegar à reconciliação com Israel, mesmo que tenhamos visões diferentes sobre vários assuntos. A divisão é uma desculpa para não avançar. Queremos fechar essa porta e eliminar a desculpa", afirmou Abbas.

O líder da ANP agradeceu ainda a "todos os países árabes que nos ajudaram a alcançar o reconhecimento da ONU".

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Álbum de fotos

Tara Todras-Whitehill/Associated Press

Tara Todras-Whitehill/Associated Press

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