O furacão Melissa, classificado na categoria 5, atingiu a Jamaica nesta terça-feira (28) e é considerado o mais intenso a chegar ao país desde o início dos registros históricos, há 174 anos.
Com ventos máximos sustentados de 295 km/h, descritos por meteorologistas como "catastróficos", e uma pressão central de 892 milibares – a terceira mais baixa já documentada –, o fenômeno adentrou o território jamaicano pelo noroeste.
O Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos confirmou que "Melissa atingiu o sudoeste da Jamaica, próximo a New Hope, como um furacão de categoria 5" por volta das 14h (horário de Brasília).
Em comunicados anteriores, o NHC emitiu alertas para que a população procurasse abrigo imediatamente, citando "ventos catastróficos, inundações repentinas e marés de tempestade". A instituição classificou a situação como "extremamente perigosa e com risco de vida".
De acordo com a Cruz Vermelha, a passagem do furacão pode afetar aproximadamente 1,5 milhão de pessoas, o que corresponde a cerca de metade da população da ilha. Relatórios preliminares indicam três óbitos no país associados a tempestades que antecederam a chegada do olho do furacão.
O governo jamaicano implementou ordens de evacuação obrigatória em várias regiões, incluindo a capital Kingston, e disponibilizou cerca de 900 abrigos. O primeiro-ministro Andrew Holness declarou que "não existe infraestrutura na região capaz de suportar um furacão de categoria 5" e destacou que o desafio subsequente será a velocidade de recuperação.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) projetou que o fenômeno pode gerar rajadas de vento superiores a 300 km/h, além de inundações repentinas e deslizamentos de terra. Uma especialista da OMM descreveu a situação como "catastrófica" e afirmou que, para a Jamaica, este será "com certeza a tempestade do século".
Autoridades locais relataram deslizamentos de terra, quedas de árvores e interrupções no fornecimento de energia elétrica antes da chegada do furacão. Há expectativa de uma maré de tempestade de até quatro metros de altura no sul da ilha, o que levou à transferência de pacientes em hospitais costeiros para andares superiores.
No Caribe, o número total de mortes relacionadas à tempestade chegou a sete, incluindo registros no Haiti e na República Dominicana.
A trajetória prevista indica que o furacão Melissa deve seguir em direção a Cuba e, posteriormente, para as Bahamas.
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