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Os ministros de Economia e Finanças da zona do euro convocaram para às 11h (horário de Brasília) deste sábado (9) uma teleconferência urgente sobre o possível resgate europeu ao sistema bancário espanhol, confirmou o porta-voz do presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.
A Espanha por enquanto não formalizou seu pedido de ajuda à Europa, que poderia acontecer em qualquer momento depois da noite de sexta-feira (8), quando foi antecipada a publicação do relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a situação do sistema financeiro espanhol.
O FMI calculou a necessidade de recapitalização dos bancos mais frágeis da Espanha em pelo menos 40 bilhões de euros.
A Comissão Europeia aconselhara Madri a aguardar até conhecer as necessidades exatas de seus bancos antes de formular qualquer pedido de auxílio, apesar de ter reiterado o tempo todo que a decisão sobre o momento de fazer isso depende exclusivamente do Executivo de Mariano Rajoy.
O governo da Espanha afirmou na noite de sexta, em Madri, que ainda não concluíra o eventual pedido de resgate à União Europeia e ao Banco Central Europeu (BCE) para a recapitalização generalizada de seu sistema financeiro.
Apesar de ainda haver auditorias em andamento sobre a situação dos bancos na Espanha, o governo acredita que todas seguirão a mesma linha do relatório do FMI, pelo que somente o documento do fundo já serviria como base para formular a solicitação. O governo espanhol, contudo, afirmou que está estudando o relatório e ouvirá, na tarde deste sábado, a opinião dos membros da zona do euro antes de tomar qualquer decisão sobre sua recapitalização, de acordo com informações de agências.
Nota da dívida
A discussão sobre o resgate acontece após a agência de classificação de risco Fitch rebaixar, na quinta-feira (7), a nota da dívida do governo espanhol em três níveis, de "A" para "BBB", com perspectiva negativa. No fim de janeiro, a mesma agência havia reduzido a nota da Espanha de "AA-" para "A". O novo rating é o mais baixo para a Espanha entre as três principais agências de classificação de risco.
A Fitch disse em um comunicado que a Espanha estava especialmente vulnerável para uma piora da crise da zona do euro devido a um alto endividamento externo.
A agência Moody's disse, na sexta, que os desdobramentos envolvendo o setor bancário da Espanha e o crescente risco de que a Grécia deixe a zona do euro poderiam levar a rebaixamentos da classificação da dívida pública, os ratings soberanos, de outras nações da região.
Enquanto a Espanha se move em direção à necessidade de apoio externo direto de seus parceiros europeus, o maior risco aos credores do país pode levar a mais modificações de ratings", disse a Moody's, em nota.
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