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Mundo Quarta-feira, 03 de Outubro de 2012, 14:45 - A | A

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Quarta-feira, 03 de Outubro de 2012, 14h:45 - A | A

HAITI

Empresas do Sul e Sudeste contratam maior parte de haitianos legalizados pela PF

Mesmo com essas contratações, o problema da imigração ilegal para o Brasil e a entrada pela fronteira boliviana estão longe de acabar

AGÊNCIA BRASIL

Michel Filho / O Globo

Empresas do Sul e Sudeste já contrataram boa parte dos 215 haitianos legalizados pela Polícia Federal em setembro. Eles entraram ilegalmente pela fronteira do país com a Bolívia e se abrigaram em Brasileia, no Acre.

Desse total, 89 já foram contratados por empresas de construção civil e indústrias do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo. O representante do governo do Acre em Brasileia, Damião Borges, disse à Agência Brasil que, dos haitianos já contratados para trabalhar no país, 67 vão atuar em Santa Catarina.

Hoje (3), seguirão para o Rio Grande do Sul pelo menos dez haitianos e amanhã (4) viajarão mais 12 para trabalhar em empresas de Minas Gerais. Empresários paulistas contrataram oito imigrantes legalizados pela PF.

Damião Borges informou que Rondônia tem sido outra opção para grande parte desse grupo que está com a documentação apta para o trabalho no Brasil. Além de empresas, os haitianos buscam emprego nos consórcios responsáveis pela construção das hidrelétricas Jirau e Santo Antônio. No estado, algumas dessas pessoas têm parentes que migraram no primeiro semestre para o Brasil e já estão trabalhando.

“Grande parte deles [215 haitianos] vai para Porto Velho [RO]. Pelo menos 80 já vai seguir por conta própria”, explicou o representante do governo do Acre.

Mesmo com essas contratações, o problema da imigração ilegal para o Brasil e a entrada pela fronteira boliviana estão longe de acabar. Segundo Damião, no fim de setembro, quando os 215 haitianos começaram a ser legalizados pela Polícia Federal, outros entraram por Cobija, cidade que faz fronteira com Brasileia.

Hoje, Damião Borges já contabiliza 20 haitianos ilegais no país. “Por falta de dinheiro, eles chegam em pequenos grupos ou mesmo sozinhos”, contou o funcionário do governo do estado.

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Michel Filho / O Globo

Michel Filho / O Globo

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