Marina destacou que o governo brasileiro está focado em determinar na COP30 a meta de evitar que o planeta ultrapasse 1,5ºC de temperatura e busca firmar compromisso de investimento global de US$ 1,3 trilhão a cada ano para combater as mudanças climáticas. A agenda brasileira também inclui o objetivo de triplicar a produção de energia renovável. "Somos o único país com a meta de zerar desmatamento até 2030, e consideramos isso liderar pelo exemplo", afirmou.
Segundo a ministra, a realização da COP-30, em novembro, em Belém, ocorre num momento "desafiador", em que governos estão mobilizados com guerras entre países, em vez de confrontos contra a pobreza e a mudança climática.
"A COP30 acontece num contexto bastante desafiador. Desafiador porque a gente vive uma situação geopolítica que, infelizmente, em vez das pessoas, dos governos, estarem fazendo guerra contra o clima, a pobreza, essa situação toda de mudança do clima, como propôs o presidente Lula e o ministro (da Fazenda) Fernando Haddad no G20, inclusive de taxar os super-ricos pra que a gente possa ter recursos para fazer esses enfrentamentos, infelizmente estão acontecendo guerras que estão sendo feitas uns contra os outros", lamentou Marina.
A ministra deu entrevista à imprensa oficial durante a Cúpula do Brics, no Museu de Arte Moderna (MAM), no centro do Rio de Janeiro.
De acordo com a titular da pasta do Meio Ambiente, as guerras atrapalham o diálogo e a cooperação entre os países. "Esse momento é desafiador porque isso mina o espaço da cooperação e do dialogo. Então esse momento é desafiador porque isso mina o espaço da cooperação e do diálogo. Mas o Brasil tem insistido que nós precisamos de paz entre nós e paz com a natureza. Por isso que a COP30 tem que ser necessariamente um grande mutirão, para que juntos possamos implementar as decisões que já tomamos. E nós tomamos decisões muito importantes em Dubai", afirmou.
Marina Silva lembrou que as mudanças climáticas já provocam estragos em diversas partes do globo. A ministra mencionou as recentes chuvas torrenciais que ceifaram dezenas de vidas nos Estados Unidos, mas lembrou que isso já aconteceu também em outras regiões do mundo, incluindo o Brasil, no Rio Grande do Sul.
(Com Agência Estado)
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