Imagens de vídeos que circularam online revelaram equipes de emergência carregando corpos para fora dos destroços do café e vasculhando os escombros. Segundo autoridades locais, o fotojornalista palestino Ismail Abu Hatab estava entre os mortos.
"Sempre há muita gente neste lugar, que oferece bebidas, áreas para famílias e acesso à internet", disse Ahmed al-Nayrab, de 26 anos, que estava por perto quando ouviu uma explosão. "Vi pedaços de corpos voando por toda parte, despedaçados e queimados. Foi uma cena arrepiante. Todos gritavam. Os feridos clamavam por socorro."
A nova onda de ataques a Gaza ocorre no momento em que um enviado do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, chega a Washington para conversar sobre um novo cessar-fogo, um dia depois que o presidente americano, Donald Trump, pediu um acordo para encerrar a guerra de 20 meses e libertar os 50 reféns ainda mantidos pelo Hamas.
Ron Dermer, conselheiro de Netanyahu, deve se reunir com altos funcionários dos EUA para discutir as negociações indiretas em andamento com o Hamas, as consequências da guerra de Israel contra o Irã e a possibilidade de acordos diplomáticos regionais.
Diplomacia
O governo de Israel está de olho especialmente em um tratado de normalização das relações com os sírios, que teria avançado nas últimas semanas. Ontem, o chanceler israelense, Gideon Saar, afirmou que pretende fechar um acordo e está interessado em normalizar as relações com Síria e Líbano, desde que haja reconhecimento oficial da soberania de Israel sobre as Colinas do Golan.
A região foi tomada pelos israelenses na Guerra dos Seis Dias, em 1967. "Israel aplica sua lei às Colinas do Golan há mais de 40 anos. Em qualquer acordo de paz, elas permanecerão parte integrante de Israel", disse Saar.
Durante todo o conflito em Gaza, os ataques israelenses se intensificaram justamente em momentos importantes do diálogo para uma trégua. Netanyahu disse que um dos objetivos da última ofensiva, lançada em maio, após o rompimento de um cessar-fogo de dois meses, era tomar o máximo possível de território, que poderia ser cedido posteriormente durante as negociações de paz como "moeda de troca".
Acordo
No fim de semana, Eyal Zamir, chefe do estado-maior do exército, disse que a ofensiva estava próxima de atingir seus objetivos. Netanyahu reforçou sua posição política interna em Israel, principalmente após a guerra contra o Irã, e agora está em melhor situação para ignorar os caprichos dos aliados da coalizão de extrema direita, que ameaçam retirar o apoio no Parlamento, em caso de acordo com o Hamas.
No entanto, um acordo continua difícil, segundo diplomatas e analistas. O Hamas exige que Israel concorde com um fim definitivo da guerra e se recusa a depor as armas. Israel rejeita a exigência de retirar totalmente suas tropas de Gaza e diz que encerrará sua campanha somente quando o grupo terrorista estiver desmantelado e seus líderes, no exílio. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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