O relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPIM) dos atos de 8 de janeiro pediu o indiciamento dos produtores rurais Antônio Galvan, Lucas Costa Beber e do morador de Comodoro (631 km de Cuiabá), Alan Diego dos Santos. Ao trio, a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA) imputou os crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de estado. Além deles, o relatório pede o indiciamento de outras 57 pessoas, incluindo o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) do Brasil, Antônio Galvan e o vice-presidente da Aprosoja de Mato Grosso, Lucas Costa Beber, foram apontados como financiadores dos atos golpistas. A senadora Eliziane Gama considerou relatório da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, que colocou os produtores rurais entre os líderes do Movimento Brasil Verde e Amarelo.
Segundo a relatora da CPMI, Galvan e Beber, junto dos demais líderes do movimento, foram responsáveis pelo envio de caminhões a Brasília, além dos bloqueios em rodovias em razão da inconformidade com o resultado das eleições presidenciais.
Alan Diego dos Santos, por sua vez, participou de uma trama que envolve a tentativa de explosão de um caminhão tanque nas proximidades do Aeroporto Juscelino Kubitschek na capital federal, na véspera do Natal de 2022. Em depoimento à CPMI, o morador de Comodoro chegou a dizer que sofreu ameaças da extrema direita para participar da tentativa de atentado.
Elizane Gama deixou de pedir o indiciamento de Alan pelos crimes relativos à tentativa terrorista, uma vez que o morador de Comodoro já foi até mesmo condenado pela Justiça do Distrito Federal. Contudo, a senadora ponderou ser razoável que Alan Diego também responda pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de estado na esfera federal.
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