A inesperada queda para o conjunto de Mendoza, logo após a saída precoce nas quartas de final da Copa Libertadores, diante do Palmeiras, e a campanha irregular no torneio Clausura do Campeonato Argentino deflagraram uma crise no tradicional clube de Buenos Aires, que vê ameaçada a vaga na próxima edição da Copa Libertadores.
O revés, desta vez, veio nos pênaltis, por 4 a 3, após empate por 0 a 0 nos 90 minutos - o ex-palmeirense Borja e Galoppo, ex-São Paulo, perderam suas cobranças. Ao término da partida, a equipe deixou o campo sob vaias e xingamentos dos seus torcedores no estádio Mario Kempes de Mendoza.
"Não há outra escolha a não ser aceitar este momento de m... e assumir o comando", afirmou após a partida o técnico Marcelo Gallardo, que levou o clube a importantes conquistas e agora atravessa seu pior momento. Irritado e cobrado pela torcida, ele fez uma declaração na entrevista coletiva e não permitiu perguntas dos jornalistas.
"Vou tentar resumir as coisas e ser honesto e sincero com o que vejo. Claramente não correspondemos às expectativas e tem sido uma luta. As pessoas têm razão em expressar seu descontentamento. Não estivemos à altura da tarefa em partidas decisivas", comentou. "Quando coisas assim acontecem, você tem de abraçar este momento sombrio. Temos de rever se conseguimos conquistar o campeonato nestes 45 dias, que é a única chance de reverter este ano totalmente negativo. E aí, as decisões que precisam ser tomadas serão tomadas."
Com chances remotas de conquistar um título na temporada, o River Plate ainda vê ameaçada a participação na Copa Libertadores, que venceu pela última vez em 2018. Para isso, terá de vencer as três partidas restantes no Campeonato Argentino e terminar entre os três melhores da tabela anual - atualmente é o segundo, com 51 pontos, dez atrás do Rosario Central e um à frente de Argentinos Juniors e Deportivo Riestra. Ou ainda vencer o Clausura - atualmente é o quinto colocado na fase de grupos.
Se não fizer a lição de casa, a equipe branca e vermelha poderá se classificar dependendo de resultados de outras equipes - eventuais títulos de Argentinos Juniors na Copa Argentina e do Racing na Libertadores abririam novas vagas no país.
Mas a decepção é evidente. "Neste momento de m..., não há ninguém lá fora esperando para te dar um abraço ou te levar a algum lugar. Talvez até tenhamos de entender que teremos que passar por isso sozinhos, porque futebol é assim: quando você ganha, todos estão lá; quando você perde, ninguém está lá", desabafou Gallardo. "Os homens se destacam nesses momentos de desaprovação, crítica e maldade."
(Com Agência Estado)
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