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Empreendedor Segunda-feira, 18 de Junho de 2012, 08:41 - A | A

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Segunda-feira, 18 de Junho de 2012, 08h:41 - A | A

i9 UNIFORMES

i9 Uniformes Profissionais é sinônimo de superação e destaque no segmento

A empresa conseguiu se reerguer após um incêndio e se tornou a única do setor a oferecer o serviço de uniformes a pronta entrega

KARINE MIRANDA
[email protected]

Indispensáveis em muitas empresas, os uniformes deixaram de ser utilizados para padronização e passaram a ser o rosto de muitos negócios. Mais comuns do que se imagina, eles começaram a ser adotados em muitos empreendimentos dos mais diversos segmentos.

Com esse novo perfil adotado pelo mercado, as empresas do setor tiveram um salto em expansão surpreendente e já conquistaram o público do Estado. Um exemplo de empresa que cresceu consideravelmente nos últimos anos foi a I9 Uniformes.

Nascida das habilidades empresariais e de costura da dupla Idemar Afonso Vieira e Silvia Marangon Vieira, a I9 Uniformes Profissionais é a principal referência quando se pensa em uniformes para todas as ocasiões, e o melhor: a pronta entrega. Idemar lembra que a empresa surgiu ao acaso.

Na época, ele atuava como representante comercial e vinha passando por dificuldades, mas logo que se casou com Silvia percebeu que a habilidade de costurar da esposa poderia ser um grande achado. Ele lembra que na época ela trabalhava com bordados e como o ramo em que ele atuava estava em baixa, percebeu que deveria aproveitar a oportunidade que a vida lhe oferecia. “Nós resolvemos montar um negócio juntos e começamos a fabricar camisetas e bordá-las com frases evangélicas, religiosas e chamativas. No ramo, eu entrei por necessidade.”

Hugo Dias/HiperNotícias

Assim, em 1996, ele dá início aos pequenos trabalhos que lhe renderam a empresa hoje. Apenas os dois atuavam, enquanto ele costurava as camisetas e as vendia, a esposa bordava. Tudo bem simples, feito em casa, com uma pequena fábrica aos fundos. De início, as vendas eram realizadas principalmente para as sacoleiras que por muito tempo permaneceram como as únicas clientes.

Depois de algum período neste ritmo de produção, quase um ano, Idemar percebeu que era necessário mais uma pessoa para ajudar nos trabalhos, pois a demanda das camisetas aos poucos crescia consideravelmente. Assim, ele ampliou seu quadro de funcionários. “Precisávamos de uma pessoa específica para criação, desenhos nos bordados”, lembra.

O espaço físico para a realização dos trabalhos não era dos mais indicados, especialmente para um negócio que queria prosperar e fazer parte do mercado, como referência. Assim, Idemar percebeu que para expandir precisava realizar seu primeiro grande investimento. Ele conta que na época em que se casou com Silvia, sua sócia, eles possuíam um apartamento, que era pequeno demais para realizar as atividades de costura e bordados. Por isso, decidiram que seria melhor alugar o apartamento e com o dinheiro locar um novo espaço, maior e que pudesse acomodar melhor toda a produção e funcionários que ele sonhava ter um dia.

“Com o dinheiro do aluguel, nós pagávamos outro aluguel, que era onde funcionava o ponto central, comercial, da empresa. A ideia, então, era morar aonde trabalhávamos. Tudo para economizar, investindo”, recorda-se.

Após esse pequeno investimento no empreendimento e que trouxe uma melhor visualização do mercado, além dos bordados religiosos que era comum nos trabalhos realizados, Idemar conseguiu conquistar seu primeiro grande cliente.

Um colégio que na época ia comemorar os 50 anos de sua fundação resolveu fazer um uniforme comemorativo, especial para data e contratou a empresa de Idemar. “Esse colégio nos convidou para desenhar uma camiseta nesse formato para ele. O mais engraçado foi que eles nos descobriram meio que por acaso. Quer dizer, a nossa empresa era perto do colégio, mas só”, afirma.

Devido a essa proximidade, eles acabaram sendo vistos e pela primeira vez, conseguiram um espaço, mesmo que pequeno, no mercado.

EXPANSÃO

De acordo com Idemar, até para atuar nesta ocasião foi complicado. Isso porque o colégio já tinha contrato com uma empresa que fornecia esse serviço. “Eles prestavam serviço há mais de 20 anos e aí, para eu, uma empresa pequena, entrar no mercado foi uma quebra de paradigma”, salienta.

Em meados de 2000, com esse novo cliente, a empresa pode enfim, deslanchar no mercado, mas, ainda continuava a atuar nos “fundos de casa”. No entanto, o quadro de funcionários já havia duplicado e capacidade de produção também.

Foi a partir deste primeiro cliente que a I9 Uniformes deixou de fazer camisetas religiosas, e partiu definitivamente para atuar no ramo de criação de uniformes, especificamente escolar. Assim, foi o começo de muito mais trabalho. “A ideia da empresa é vender os uniformes que já tem a pronta entrega, sendo muito mais prático para os clientes, e melhor para nós”, afirma.

E a ideia de uniformes a pronta entrega deu tão certo que Idemar teve que expandir ainda mais a empresa. Foi obrigado a realizar viagens para estados como Rio de Janeiro e São Paulo, para buscar melhor qualidade tanto no que se refere à matéria-prima, quanto na produção. “A gente viaja para Rio e São Paulo e busca novidades no mercado, ate mesmo no mercado de moda para depois fazermos adaptação para uniformes”, garante.

No entanto, para garantir a qualidade que Idemar sempre prezou, mais um investimento foi necessário, porque, mais uma vez, o espaço já se mostrava reduzido. “Alugamos um galpão muito grande, mas estava dificil pagar aluguel do galpão é caro e aí tive de tomar outras medidas”, conta.

Hugo Dias/HiperNotícias

Essas outras medidas que ele se refere, trata-se da venda do apartamento do casal que eles alugavam. Dessa maneira, Idemar vendeu o apartamento que antes provia grande parte dos seus recursos, e com o dinheiro, investiu em novo terreno, onde resolveu construir uma fábrica nas imediações da Avenida Ipiranga, em Cuiabá, mesmo sem a garantia de que haveria retorno financeiro a altura para custear as despesas de um novo terreno. “Em 2002, compramos um terreno em que foi feito a fábrica, terreno onde também iríamos morar. “afirma.

Após essa arriscada empreitada, o proprietário da I9 percebeu que arriscar tinha sido a melhor alternativa. Isso porque a empresa passou a ter melhor visualização no mercado, na qual até a carteira de clientes duplicou. “Fomos crescendo gradativamente, bem devagar e a partir daí começamos a financiar e investir bastante capital”.

Hoje, a fábrica possui 800 metros quadrados e chega a produzir aproximadamente 10 mil peças por mês, entre uniformes e camisetas profissionais. Seguindo a tendência de expansão, logo em 2009, a I9 inaugurou a loja da Avenida Isaac Póvoas que passou a ser a referência, especialmente nas vendas do produto.

“Essa loja foi a precursora em venda de uniformes a pronta entrega. Era uma tendência de mercado. A partir dela, nós abrimos novas lojas.”, assegura.

Mas nem tudo foi fácil como parece. Neste período de expansão, Idemar foi surpreendido por dois grandes problemas que poderiam ter feito com que ele desistisse da empresa.

DAS CINZAS A ASCENÇÃO

O primeiro problema, foram as dificuldades familiares que fez com que ele repensasse se valia a pensa continuar com a I9. “A minha sociedade com Silvia, deu mais certo que nosso casamento”, desabafa.

Além deste percalço no caminho, Idemar tinha constantes dificuldades para a contratação de mão de obra especializada. “O mercado hoje está meio oscilante. Por isso a necessidade de treinamento dos funcionários é constante”, lembra.

Mas o pior de todos os problemas pelos quais ele passou, foi a infelicidade de ver todo seu trabalho e esforço virar cinzas. Um incêndio destruiu parte de sua empresa que estava em pleno auge. Isso em 2010.

A fábrica que fica localizada na Avenida Ipiranga na capital teve parte do piso superior do prédio e das matérias-primas queimadas, que estavam no depósito. Um curto circuito foi o responsável por um prejuízio de R$500mil. “Era mês de novembro, e geralmente neste mês, estamos estocando matéria-prima para produzir uniforme escolar. E aí o curto circuito foi direto no setor altamente inflamável”, assegura.

Hugo Dias/HiperNotícias

Segundo ele, embora o fogo tivesse tomado conta do galpão, ele se considera uma pessoa sortuda. “A minha sorte é que só queimou o piso superior, de matéria-prima, e não o inferior em que havia as máquinas. Aí, deu para eu recomeçar. Eu perdi matéria-prima e parte da estrutura”, conta.

No entanto, mais que destruir e abalar a estrutura física da empresa, a parte psicológica do Idemar e dos funcionários foram muito afetados. “No dia, na hora lá pegando fogo, funcionários chorando, eu fiz uma reunião com o pessoal, lá na frente mesmo e disse que era para ficarmos tranquilos, que precisávamos nos unir para ter condições de recomeçar e ficar melhor do que estávamos”, lembra.

E como dizem que a esperança é a última que morre, Idemar com esperança e apoio de seu cunhado, conseguiu se reerguer. Isso porque seu cunhado, que presenciou o fogo destruir parte da empresa, ofereceu a ele um novo galpão emprestado, para que pudesse levar as máquinas e as poucas coisas que sobraram. “Na segunda-feira aconteceu o incêndio, pela manhã, mas a tarde nós já estavamos lavando o outro galpão. Aí na terça, nós mudamos as máquinas, e na quarta-feira já voltamos a trabalhar”, recorda-se.

Além do apoio do cunhado, as empresas concorrentes também resolveram ajudar Idemar reestruturar a I9 Uniformes. Ele conta que realizou uma parceira para que as empresas locais emprestassem as matérias-primas para que ele pudesse voltar a trabalhar. “Tem um prazo para os tecidos, por exemplo, virem da indústria, aí as empresas resolveram me emprestar e quando chegasse o meu material, eu devolvia para eles. Isso é reflexo do nosso comportamento, porque nos sempre trabalhamos sem querer prejudicar os concorrentes e outras pessoas”, explica.

Após seis meses do incêndio, em meados de 2011, foi que Idemar conseguiu voltar ao ritmo de trabalho antigo e, inclusive, expandir ainda mais seus negócios, com mais segurança e força de vontade, com prédio novo, ampliado e uma nova loja. “Foi nessa época que eu sentei e pensei que era preciso fazer diferente. Aí, pensei que já que era para recomeçar, que investisse em uma estrutura muito mais moderna”, conta.

HOJE

Atualmente, a empresa tem três lojas que emprega cerca de 40 profissionais, além de mais de 15 empresas terceirizadas que auxiliam na produção. Ao todo, são produzidos cerca de 10 mil uniformes por mês e grande parte da produção é comercializada.

Além disso, a I9 Uniformes Profissionais já possui projeto de abrir novas filiais e franquias da loja no interior do Estado, nos próximos dois anos. “Estamos no processo de organização da loja em todos os sentidos para ter uma franquia e mais filiais”, pontua.

Com mais de dez anos no mercado, e com projetos de ampliação que irá fazer com que a empresa cresce cada vez mais, a I9 Uniformes Profissionais é hoje a única do mercado que oferece o serviço de fornecimento de uniformes a pronta entrega, na qual o cliente chega, escolhe o modelo e o bordado com o nome da empresa, no uniforme, acontece na hora, além da criação de outros específicos para datas comemorativas, por exemplo.

“O começo realmente foi difícil, sem capital, mas não diria que tivemos sorte, nós aproveitamos a oportunidade. Não é uma só oportunidade, são varias oportunidades que a vida empresarial fornece. Você tem que estar preparado para perceber essas oportunidades. Se não aparece aquela, ia aparecer outra. Se eu não tivesse preparado, não ia aproveitar nenhuma e assim será”, finaliza.

Para Idemar Afonso Vieira empreender é: coragem!

1. Dica para quem quer iniciar um empreendimento

A primeira dica seria persistência, procurar um ramo que você conheça e sempre ser honesto com as atitudes empresariais que você tem. Não querer prejudicar nem os fornecedores, nem colaboradores e nem clientes. Isso faz você ter uma estrutura sólida na empresa e faz ela ser norteada pela ética.

2. O Custo Brasil é realmente um obstáculo para o empreendedor?

É um obstáculo bem considerável, porque os encargos deixam os empresários sem poder de competitividade com os demais produtos que entram no nosso país. O gasto em encargos são muito que poderiam ser investindo na empresa e na qualidade de vida dos funcionários. Só para se ter ideia, cerca de 20% do nosso faturamento é destinado aos encargos.
3. O que é mais importante: dinheiro ou criatividade?

A criatividade, porque ela te dá subsídio para recuar e avançar na hora certa. Por exemplo, em 2010 quando pegou fogo na fábrica. Ali eu tive que me virar e fazer a criatividade meu subsídio.
4. O que é mais fácil: Fidelizar um cliente ou conquistar um novo?

Posso dizer que temos uma carteira considerável de clientes, o tempo e nossa qualidade nos produtos e prestação de serviços são os responsáveis por estes muitos clientes. Não diria que é fácil, mas que é necessário.

5. Qual o diferencial da empresa?

O próprio nome diz, inovação. Nós procuramos inovar sempre em modelos e materias primas de primeira qualidade. Para oferecer o que há de melhor aos clientes.

6. Você acredita que sua empresa alcançou o sucesso?

Eu acredito que sim, pois hoje a empresa tem uma carteira de clientes fidelizados, além de um mercado muito bom e conseguimos transmitir a este mercado que somos uma empresa que trabalha com produtos de qualidade.

Hugo Dias/HiperNotícias

 

 

 

 

 

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Aldi Gomes 20/06/2012

Fiquei surpreso e ao mesmo tempo feliz ao ver o velho amigo divulgando suas dificuldades acima de tudo suas conquistas junto com a amiga Sílvia. Parabens grande Idemar vc é o cara. Um abraço do amigo de sempre.

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Douglas 18/06/2012

Muito legal a Fabrica parabéns pelo empreendedorismo!!! Caso necessite de algo em São Paulo estamos a disposição. Douglas http://www.jsroupas.com.br

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2 comentários

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