A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 fechou em 14,755%, de 14,726% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2027 subiu a 14,04%, de 13,92% ontem. O DI para janeiro de 2029 terminou com taxa de 13,52%, de 13,46% ontem no ajuste.
O mercado recebeu um combo de dados sugerindo que o cenário para a atividade pode não estar no ritmo de desaceleração previsto. "Todo mundo sabia que o 1º trimestre seria forte por causa do agro, mas o mercado esperava algum arrefecimento no 2º trimestre. Tivemos dados do mercado de trabalho bem fortes, com Caged ontem e Pnad e recuperação das confianças da FGV. Até mesmo os dados de crédito hoje mostraram um crescimento das concessões", resumiu o economista-chefe da Meraki Capital, Rafael Ihara.
Na Pnad Contínua, a taxa de desemprego no trimestre até abril caiu a 6,6%, de 7,0% até março, atingindo, atingindo o piso histórico para o período. Em dados sazonalmente ajustados, algumas instituições financeiras apontam a taxa na mínima histórica para qualquer período. No caso da XP, o cálculo indica desemprego em 6%. Segundo o Rodolfo Margato, os indicadores de emprego, renda e crédito continuam sólidos, com o rendimento real avançando pelo sétimo mês consecutivo.
Para Vladimir Caramaschi, sócio-fundador da consultoria +Ideas, a Pnad, somada ao resultado forte do Caged ontem, reforça a percepção de que o mercado de trabalho segue aquecido e resiliente. "Coloca alguma dúvida adicional sobre a possibilidade do ciclo de alta da Selic ter chegado ao fim, mas, dado o patamar restritivo da atual política monetária e o impacto das alterações no IOF, acredito que pesem mais no sentido de levar o BC a manter a taxa por um longo período do que promover nova alta", avalia.
O Banco Central, na nota de crédito, mostrou que as concessões de crédito livre dos bancos subiram 2,7% em abril. A Fundação Getulio Vargas (FGV) trouxe que a confiança do comércio avançou 1,2 ponto e a do setor de serviços, 1,5 ponto, entre abril e maio.
Na precificação da curva, as apostas de queda da Selic em dezembro, que na sexta-feira chegaram a 22 pontos, refluíram, apontando 11 pontos-base no meio da tarde. Para o Copom de junho, a probabilidade de aperto de 0,25 ponto porcentual mantinha-se em torno de 30%.
Na ponta longa, ainda pesam os desconfortos fiscais gerados pelo impasse sobre o IOF, mas o exterior fez o contraponto, especialmente quando os juros dos Treasuries viraram para baixo. A decisão judicial nos EUA que barrou o tarifaço do presidente Donald Trump trouxe apetite ao risco inicialmente, com alta nos retornos dos papéis, mas depois prevaleceu a avaliação de que este cenário não é definitivo.
Sobre o IOF, a equipe econômica parece ter ganhado hoje algum fôlego. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), após a conversa com Haddad, disse ser "prudente" dar dez dias para que o governo apresente alternativa ao aumento e defendeu ainda que o presidente Lula entre no debate. Se a proposta não mudar, o Congresso pode sustar a medida com um projeto legislativo e Motta frisou que deixou o cenário claro na reunião de ontem. Por fim, segundo ele, o Congresso não está se preocupando com eventual corte em emendas em meio ao impasse e vai dar sua "contribuição".
O Tesouro realizou leilão grande de prefixados, absorvido integralmente. Foram 20 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN) e 3 milhões de Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F).
(Com Agência Estado)
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