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De acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira do Banco Central, divulgado nesta terça-feira (20), 21,1% da renda é utilizado para este fim. Entre 2009 e 2010, este percentual ficou próximo de 19%.
"A elevação adicional das taxas de juros concomitante à crise financeira internacional manteve o indicador em patamar ainda estável, embora mais alto", diz o relatório.
Isso se deve, segundo o BC, a uma expansão do crédito superior ao incremento da renda. "Esse indicador encontra-se alto comparativamente ao seu nível histórico, apesar da expansão dos prazos dos empréstimos e dos ganhos reais de renda", diz a instituição.
Para o BC, a elevação mais acentuada do indicador a partir de junho se deve, em especial, à nova exigência de pagamento mínimo de 15% nas faturas de cartões de crédito.
A instituição avalia que, apesar das incertezas relacionadas ao desempenho da economia mundial, a queda dos juros e o alongamento dos prazos devem ajudar a contrabalançar a expansão do crédito nos próximos anos, para evitar uma alta maior desse indicador.-
CAPITAL
Segundo o relatório, os bancos brasileiros possuem capital suficiente para enfrentar uma "extrema deterioração da situação macroeconômica". Testes realizados pelo BC mostram que a solvência do sistema bancário permanece em nível "adequado".
Segundo a instituição, o crescimento do ativo do sistema bancário e o consequente aumento da exposição aos riscos foram acompanhados pelo aumento da base de capital, principalmente em decorrência da incorporação de lucros.
"Os resultados dos testes de estresse, em todos os cenários analisados, inclusive naqueles de extrema deterioração da situação macroeconômica, indicam que o capital regulamentar do sistema bancário permaneceria acima do requerimento estabelecido pelo BC", diz o relatório.
Segundo o BC, apesar do aumento nas despesas de provisão contra calotes e da inadimplência maior, a elevação do crédito permitiu aos bancos aumentar seu lucro e sua rentabilidade.
A instituição calcula que, se houvesse repetição das maiores variações históricas das taxas de juros observadas desde 1999, em junho de 2011, apenas 6% do sistema ficaria abaixo do limite de capital e somente uma instituição de baixa representatividade ficaria insolvente. Em relação ao impacto no câmbio, nenhuma seria afetada.
INADIMPLÊNCIA
Para o BC, uma piora na crise externa teria efeitos sobre no emprego no país e, consequentemente, na inadimplência. "Mesmo tal situação não acarretaria problemas de solvência para o sistema, que se encontra capitalizado o suficiente para suportar esse risco", diz o relatório.
As simulações do BC mostram que, se a inadimplência média subisse de 3,6% para 14%, 13 bancos ou 8,6% do sistema ficaria descapitalizado. Mesmo que o indicador chegasse a 16%, as instituições insolventes representariam 0,05% do sistema financeiro.
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