"A soberania, o respeito e a defesa intransigente dos interesses do povo brasileiro são os valores que orientam a nossa relação com o mundo", afirmou o presidente brasileiro em nota oficial distribuída à imprensa e também publicada na rede social X.
A resposta de Lula foi divulgada após o presidente realizar uma reunião de emergência com o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro da Indústria, Comércio e Serviços, e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Na nota oficial, Lula afirmou que o "Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém".
"O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de estado é de competência apenas da Justiça Brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais", ressaltou.
Em carta enviada ao governo brasileiro e publicada na rede social Truth Social, Trump disse que a tarifa aos produtos brasileiros seria imposta por causa do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e de decisões do Supremo Tribunal Federal envolvendo big techs de redes sociais.
"O modo como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado no mundo, é uma desgraça internacional", disse Trump. "Esse julgamento não deveria estar ocorrendo. É uma caça às bruxas que deveria terminar imediatamente", completou.
Lula disse que "a sociedade brasileira rejeita conteúdos de ódio, racismo, pornografia infantil, golpes, fraudes, discursos contra os direitos humanos e a liberdade democrática" e que, "no Brasil, liberdade de expressão não se confunde com agressão ou práticas violentas".
"Para operar em nosso país, todas as empresas nacionais e estrangeiras estão submetidas à legislação brasileira", completou.
O presidente também rejeitou a narrativa levantada por Trump em sua carta ao governo brasileiro de que haveria um desequilíbrio na balança comercial entre Brasil e Estados Unidos. Lula disse que essa informação "é falsa" e que "as estatísticas do próprio governo dos Estados Unidos comprovam um superávit desse país no comércio de bens e serviços com o Brasil da ordem de US$ 410 bilhões ao longo dos últimos 15 anos".
(Com Agência Estado)
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