Para o presidente do BNDES, o mundo entra agora numa nova etapa histórica e, no centro desse debate e das eventuais soluções, está a relação entre Estado e mercado. "Ou nós construímos uma relação mais criativa, mais engenhosa, mais inovadora na relação entre Estado e mercado - o Estado e o seu papel de indução, de fomento, de impulso ao desenvolvimento - ou dificilmente os países em desenvolvimento poderão reconstruir suas indústrias, se neoindustrializar e superar o hiato tecnológico que nós temos e que não é pequeno nas relações internacionais", argumentou.
Mercadante analisou também que, ao lado e no coração dessa crise, há também a crise climática. Ele citou que a temperatura média da Terra no último ano e oito meses aumentou em um grau e meio centígrado e que todos os estudos recentes mostram que é um ponto de não retorno por pelo menos 20 anos. "Não vai haver uma reversão, mesmo que haja uma redução significativa das emissões de gases de efeito estufa. E o mais grave: nós estamos vivendo um tempo em que as políticas públicas podem se ancorar em evidências científicas com cada vez mais instrumento, inteligência artificial, as informações disponíveis, a pesquisa acadêmica científica, e nós estamos vendo o retrocesso do negacionismo, que foi trágico na pandemia. No Brasil, foram 700 mil mortos", citou.
O presidente do BNDES também comentou que os Estados Unidos estão rompendo o acordo de Paris e voltando com o uso de carvão e fontes fósseis. "Nós estamos assistindo ao descompromisso de muitos países com as metas e com a necessidade do mundo refletir sobre o que nós estamos atravessando, especialmente na COP30, que é um palco decisivo."
(Com Agência Estado)
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