O contrato de ouro com vencimento em junho recuou 0,61% na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), encerrando o dia a US$ 3.350,2 por onça-troy.
A disparada do ouro na segunda-feira foi impulsionada pelo agravamento das tensões comerciais entre Washington e Pequim, diz David Morrison, da Trade Nation. Nos últimos dias, as duas partes acusaram-se mutuamente de violar o acordo comercial temporário que reduziu as tarifas de importação entre os países.
Como consequência, o dólar caiu bruscamente, à medida que investidores buscavam refúgio em ativos considerados mais seguros, como o ouro, o franco suíço e o iene japonês, afirma Morrison.
Nesta terça-feira, o chanceler chinês, Wang Yi, reuniu-se em Pequim com o novo embaixador dos Estados Unidos na China, David Pound, segundo a Xinhua. Os mercados agora aguardam uma possível reunião entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping ainda esta semana.
Para Morrison, os investidores talvez queiram esperar para ver como o ouro se estabiliza após o rali de segunda-feira.
As características de ativo de refúgio do metal precioso continuam sustentadas por preocupações comerciais renovadas e pelo aumento das tensões geopolíticas, dizem em nota os analistas do ING.
Na última sexta-feira, além de lançar acusações à China, Trump afirmou que dobraria as tarifas sobre o aço e o alumínio.
Além do front comercial, o ouro também tem sido apoiado pelo aumento das tensões geopolíticas após uma série de ataques com drones ucranianos à Rússia, o que reforça seu status como ativo seguro, acrescenta o ING.
Rússia e Ucrânia realizaram nesta terça uma segunda rodada de negociações diretas de paz, mas não conseguiram avançar de forma substancial para encerrar o conflito.
*Com informações da Dow Jones Newswires
(Com Agência Estado)
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