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Economia Domingo, 24 de Novembro de 2013, 17:03 - A | A

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Domingo, 24 de Novembro de 2013, 17h:03 - A | A

PRODUÇÃO X CONSUMO

Mato Grosso será essencial no combate à fome, avalia representante da ONU

No caso do Brasil, de 23 milhões caiu para 10 milhões de pessoas com insegurança alimentar

ELIANA BESS







Mato Grosso é apontado como região que contribuirá no combate a fome no mundo. As estimativas preveem que nos próximos anos serão necessárias grandes quantidades de alimentos como carne, grãos, vegetais, peixes para suprir a demanda e vencer a fome. O Brasil, assim como Ucrânia e Rússia são países que contribuirão para isso.

Outra boa notícia é de que 200 milhões de pessoas no mundo deixaram de passar fome graças à políticas públicas bem sucedidas. No caso do Brasil, de 23 milhões caiu para 10 milhões de pessoas com insegurança alimentar.

“O Estado de Mato Grosso exercerá um importante papel como grande produtor na agricultura. A previsão é de até 2.050 o mundo vai precisar de grande quantidade, vejo que antes disso, em 2030 já estará precisando", revelou Alan Jorge Bojanic, representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil.

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Serão necessários 900 milhões de toneladas de grãos e vai sair dessas regiões prósperas como Mato Grosso”, argumenta.

Marcos Lopes/HiperNotícias

Alan Bojanic: redução frequente de fome no mundo se deve a políticas públicas bem sucedidas

A solução é fazer bem, segundo o especialista, já que “precisamos da agricultura sustentável”. Para vencer o desafio, basta investir em novas tecnologias, a necessidade é de aumentar os rendimentos de produtividade.

Ele comparou os anos 70 com a atualidade. Na época apontada a produção crescia consideravelmente e agora a taxa de crescimento é menor. O aumento é preciso, mas dentro do quadro de sustentável. Significa dizer que é para aumentar a produção de alimentos sem agredir o meio ambiente.

O grande desafio é a intensificação da produção. E nesse caso, já existem tecnologias em programas desenvolvidos pela Embrapa que se forem usados trará reflexos positivos.
“O problema está na adoção dessas tecnologias. Tem que trabalhar essas áreas de inovação com os agricultores. A fórmula é velha (no caso de aplicar junto ao produtor), mas nesse caso aplicável”, pontuou Alan Jorge Bojanic.

O representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura no Brasil esteve participando, em Cuiabá, da abertura do XXVII Congresso Brasileiro de Agronomia. No evento palestrou sobre “Segurança Alimentar e Nutricional”. O evento começou nesta terça-feira (19) e vai até o dia 22.

FOME DIMINUIU

Na década de 1990 cerca de 1 bilhão de pessoas passavam fome no mundo. “Hoje esse número caiu para 842 milhões. O Brasil tinha 23 milhões, hoje tem 10 milhões”, revelou Alan Jorge Bojanic.

Programas como o Fome Zero e o Bolsa Família foram apontados como iniciativa de sucesso para a redução da fome no país. “852 milhões de pessoas ainda é muito, é preciso aumentar a produção mundial de alimentos. O Fome Zero é um exemplo a ser aplicado e vem sendo seguido em outros países como Angola, África, Moçambique”.

Questionado sofre a questão de “dar o peixe e não ensinar a pescar”, como muitos brasileiros se referem aos programas da presidente Dilma Rousseff, Alan foi categórico em dizer que é preciso fazer as duas coisas.

“Existem pessoas em altíssima vulnerabilidade e que precisam do peixe”, exemplificou. “Para depois pescar. As crianças são o alvo principal e é obrigação dos governos a alimentação”, concluiu.

Marcos Lopes/HiperNotícias

Representante da ONU para agricultura e alimentação afirma que crianças ainda estão vulneráveis à fome

Além disso, a fome gera violência e a violência mais fome. Países como Somália, Afeganistão e Iraque servem de exemplo. “Para mudar, somente com programas sociais. A institucionalidade de governos é fundamental para sanar a fome”.

A agricultura familiar também precisa de fortalecimento junto aos mais vulneráveis, na opinião do representante. “É uma estratégia para resolver o problema da agricultura rural e oferecer o excedente para a cidade”.

No entanto, muitas pessoas poderiam ser alimentadas se houvesse uma eficiente cadeias de transporte. Em todo o mundo vem sendo desperdiçado muito alimento, os índices são de 3% a 5%.

Segundo o representante da ONU, isso representa cerca de 80 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçadas. Isso desde o transporte e quando chega é desperdiçado na cozinha.

INSETOS

Uma alternativa que poderá agregar futuramente será o incremento de insetos nos hábitos alimentares. Devido sua importância nutricional, como proteínas por exemplo.

Países como México, Ásia e China já utilizam vários insetos, entre eles, gafanhotos, formigas, baratas na gastronomia. “Basta vencer as atitudes, inovar o paladar e preparar agradavelmente”, disse Alan.

 

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Marcos Lopes/HiperNotícias

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