A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 fechou em 14,955%, de 14,958% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2027 passou de 14,27% para 14,25%. O DI para janeiro de 2028 terminou com taxa de 13,53% (13,55% no ajuste anterior) e o DI para janeiro de 2029, com taxa de 13,37%, de 13,40%.
O ataque dos EUA a instalações nucleares do Irã no fim de semana trazia um prognóstico sombrio para a sessão de hoje, com o mercado na expectativa sobre qual seria a reação de Teerã. Além de ameaçar com o fechamento do estreito de Ormuz, o Irã respondeu ao ataque com lançamento de mísseis contra bases americanas no Catar e no Iraque, o que trouxe volatilidade aos ativos locais no começo da tarde, levando os preços do petróleo a inverter o sinal de baixa.
Posteriormente, as cotações voltaram a cair, de maneira firme, com a informação de que o governo iraniano avisou ao Catar com antecedência sobre os seus planos, num revide apenas simbólico ao ataque americano. A avaliação dos especialistas é de que se tratou de um ataque calculado para reduzir possibilidade de danos. Além disso, as infraestruturas da cadeia do petróleo não foram afetadas.
"O que está efetivamente subindo hoje é o ouro. O resto acabou passando por um processo de descompressão bem forte e, consequentemente, isso acabou atingindo a nossa curva de DI, principalmente nesses vértices mais longos, que estão mais ligados à questão internacional", explica o economista da CM Capital Matheus Pizzani, lembrando que a aversão ao risco que puxou para baixo a taxa da T-Note de dez anos pode estar também misturada a outros elementos, como o risco de desaceleração econômica global. "O próprio dólar já estava perdendo força frente a moedas desenvolvidas e emergentes", completou.
Na ponta curta, a dinâmica foi contida pela expectativa em relação à ata do Copom e aos demais indicadores econômicos reservados para os próximos dias, uma vez também que as medianas de inflação na pesquisa Focus tiveram ajustes marginais. Para o economista Vladimir Caramaschi, da consultoria +Ideas, a ata do Copom amanhã deve corroborar o tom mais "hawkish" adotado no comunicado. "Embora a 'ameaça' de novas altas seja relativamente pouco crível, dado o nível atual da taxa e os sinais de desaceleração da atividade, o tom deverá reforçar a ideia de que a taxa será mantida por um longo período, para tentar evitar que o mercado comece a antecipar demais o início do ciclo de baixa", avalia.
Na quarta-feira (26), sai o IPCA-15 de junho que, caso traga novamente uma surpresa para baixo, é pouco provável que o Copom tenha sucesso em segurar as taxas longas apenas na base da retórica, completa Caramaschi.
(Com Agência Estado)
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