"Esperávamos uma redução da dívida. Isto não está acontecendo, e os prêmios de prazo estão aumentando", pontuou. "Não cortamos gastos públicos tanto assim, a política fiscal será mais expansionista do que o esperado e o mercado de trabalho está mais apertado por políticas imigratórias. Tarifas também afetam perspectivas, com tendência a aumentar preços e desacelerar crescimento".
Kaplan argumentou que, neste cenário, o Fed não possui tanta influência sobre o comportamento dos rendimentos da T-note de 10 anos, e corre o risco de sequer ter espaço para cortar taxas de juros em 2025. "O BC americano deve esperar para ver como as tarifas serão transmitidas para a economia. Prevemos um ou dois cortes neste ano, provavelmente só um, que é menos do que o mercado precifica", disse.
O Goldman Sachs também projeta desaceleração da economia americana em razão das tarifas, mas não vê atualmente uma recessão iminente, afirmou o vice-presidente.
Sobre a decisão judicial que ordenou a suspensão de tarifas globais, Kaplan avaliou que a reação limitada dos mercados reflete como houve pouca mudança de fato no cenário tarifário e nas dificuldades que serão enfrentadas pelas empresas. "O governo Trump encontrará outras formas para fazer o que quer. Levará até seis meses para que empresas se adaptem a novas políticas do governo, criando novos desafios nas relações com fornecedores e pressão sobre as margens de lucro", estimou.
(Com Agência Estado)
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