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Economia Segunda-feira, 07 de Julho de 2025, 18:00 - A | A

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Segunda-feira, 07 de Julho de 2025, 18h:00 - A | A

Ibovespa se alinha ao exterior e cai 1,26%, aos 139,4 mil pontos

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Vindo de máximas históricas intradia e de fechamento nas duas sessões anteriores, o Ibovespa teve um dia de correção, que se acentuou ainda no início da tarde com o anúncio da imposição de tarifas, pelos Estados Unidos, ao Japão e à Coreia do Sul: a atenção global segue voltada para 9 de julho, esta quarta-feira, 9, em que termina o prazo da trégua comercial concedida pela Casa Branca para a obtenção de acordos com parceiros espalhados pelo mundo. Aqui, o Ibovespa oscilou dos 139.294,84 até os 141.341,74 pontos, na máxima quase correspondente ao nível de abertura (141.265,20).

No fechamento, mostrava queda de 1,26%, aos 139.489,70 pontos, com giro restrito a R$ 17,1 bilhões. No mês, ainda acumula ganho de 0,46%, que coloca o do ano a 15,97%. Por sua vez, o dólar à vista fechou o dia em alta de 0,98%, a R$ 5,4778.

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou hoje tarifas de 25% sobre o Japão e a Coreia do Sul, o que resultou em alta do dólar ante moedas rivais e piora das bolsas de Nova York, bem como do Ibovespa, assim como das curvas de juros, seja dos Treasuries ou do DI. Trump também ameaçou os dois países, caso venham a aumentar suas tarifas, de impor "25% às nossas". "Tarifas podem ser modificadas, a depender da nossa relação com os países", acrescentou o presidente americano. Em Nova York, os principais índices de ações fecharam em baixa de 0,94% (Dow Jones), de 0,79% (S&P 500) e de 0,92% (Nasdaq).

"O Ibovespa saiu de máximas históricas para uma realização nesse início de semana. Trump voltou a sinalizar taxas, e já mandou uma carta para o Japão, indicando um aumento de tarifas de 25%. E a mesma coisa em relação ao Brics: quem estiver alinhado ao bloco será taxado também em 10% (adicionais)", prometeu Trump, destaca Alison Correia, analista e co-fundador da Dom Investimentos.

"Além disso, Trump se posicionou em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro, pedindo para que seja deixado em paz. São movimentações realmente preocupantes, em que a gente vê o posicionamento também do presidente Lula, dizendo que há aqui regras claras - e de sugerir (indiretamente) para o Trump cuidar da própria vida", acrescenta o analista, referindo-se à postagem do presidente Trump em rede social, na qual se referiu ao que seria uma "caça às bruxas" movida no Brasil contra Bolsonaro e a reações contrárias emitidas por Lula, que contribuem para um ruído político maior no momento em que questões tarifárias estão para se definir.

"Eu acho que eu não deveria comentar, porque eu não acho uma coisa muito responsável e séria o presidente da República de um país do tamanho dos Estados Unidos ficar ameaçando o mundo através da internet. Não é correto. Ele precisa saber que o mundo mudou, não queremos imperador. Nós somos países soberanos", defendeu hoje Lula. "Cada país é dono do seu nariz", acrescentou.

Mais para o fim da tarde, o presidente dos Estados Unidos anunciou, também, a imposição de novas tarifas de importação sobre produtos de outros cinco países: África do Sul (30%), Laos (40%), Mianmar (40%), Malásia (25%) e Casaquistão (25%). As medidas entrarão em vigor a partir de 1º de agosto e fazem parte da estratégia dos EUA de buscar "reciprocidade" nas relações comerciais bilaterais.

Ainda assim, no atual cenário de guerra tarifária, Brasil e Chile se encontram melhor posicionados que o México, por conta da ligação dos países sul-americanos com a China, avalia a economista-chefe da Principal Asset Management no Brasil, Marcela Rocha. Às jornalistas Isabella Pugliese Vellani e Francine De Lorenzo, Marcela destacou que a China ainda tem ferramentas para estimular sua economia, o que deve permitir ao país manter o ritmo de crescimento de cerca de 5% ao ano.

Na B3, com foco no front comercial, a sessão foi de perdas bem distribuídas pelas ações de primeira linha, com destaque entre os bancos para Itaú (PN -1,33%) e Banco do Brasil (ON -1,65%). Vale ON caiu 1,47%, enquanto Petrobras mostrou perdas mais discretas tanto na ON (-0,68%) como na PN (-0,19%).

Na ponta perdedora do Ibovespa, Engie (-6,33%), Totvs (-4,99%) e Pão de Açúcar (-3,73%). No lado oposto, apenas 12 dos 84 papéis que compõem a carteira Ibovespa conseguiram fechar o dia no campo positivo, tendo à frente os frigoríficos BRF (+9,37%), Marfrig (+4,09%) e Minerva (+1,16%) - fora do setor, destaque para Vamos (+1,76%) e Marcopolo (+1,23%).

"As decisões tarifárias de Trump prevaleceram sobre o sentimento do investidor em um início de semana com agenda esvaziada", resume Rubens Cittadin, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

Apesar dos ruídos globais em torno das tarifas americanas, o Ibovespa tem sustentado recuperação ao longo do ano e mostrado resiliência não apenas à incerteza externa como também aos solavancos domésticos, relacionados essencialmente à trajetória fiscal do País - entre idas e vindas do governo para encontrar fórmulas que sustentem as metas para as contas públicas.

Levantamento da consultoria Elos Ayta aponta que o desempenho da Bolsa brasileira, em dólares, tem sido o melhor desde 2016, ainda que, na moeda americana, o Ibovespa permaneça 41% abaixo da máxima histórica. Em dólar, até a sexta-feira passada, 4 de julho, o índice da B3 acumulava alta de 34,45% em dólares, o que coloca 2025, até aqui, como o melhor em nove anos para o mercado local.

"Essa valorização expressiva de 2025 recoloca o Brasil no radar de alocadores globais. Em dólar, o Ibovespa encerrou o dia 4 de julho aos 26.166,39 pontos - um patamar que não era registrado desde 28 de fevereiro de 2024. Ainda assim, a marca está 41,5% abaixo da máxima histórica de 44.616,04 pontos, atingida em 19 de maio de 2008, o que indica que ainda há um espaço considerável para recuperação", diz.

O estudo ressalva que parte relevante da valorização do Ibovespa em dólares está relacionada à desvalorização global do dólar. A conclusão da consultoria é de que em 2025, até o momento, "há uma revalorização em curso, ainda que distante dos picos históricos". "O que está por vir dependerá da manutenção da estabilidade fiscal, da trajetória da taxa de juros, da evolução do dólar global - e, claro, da confiança do investidor estrangeiro no Brasil."

(Com Agência Estado)

 

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